4º dia – RIO ACIMA a ITABIRITO – 29 quilômetros “Guarda em seu coração as alegrias que chegam de mansinho e iluminam toda a sua caminhada. Que estas bençãos fiquem para sempre gravadas em sua alma!” O percurso não seria demasiado longo e nem prometia dificuldades consideráveis, mas por ser um sábado, optei por sair às 5 h e não me arrependi. Pela primeira vez o trajeto foi diferente, pois a Estrada Real segue em direção à cidade de Acurui e, depois, para Glaura. Os primeiros 3 quilômetros, sempre beirando o rio das Velhas, são em piso asfáltico, o restante em terra, por uma estrada municipal, a MG-030, plena de pó em seu leito e com expressivo movimento de veículos. Em termos altimétricos, existe apenas um razoável ascenso situado pouco depois do meio do trajeto, o restante é praticamente tudo plano. No trevo de acesso à cidade de Itabirito, assim que termina a estrada de terra, deve-se tomar à esquerda, passar sob um viaduto e seguir reto até a praça principal da cidade. Algumas fotos do percurso desse dia: O primeira marco do CRER que encontrei nesse dia. Trecho plano e com neblina. Caminho plano e com grandes retões. Caminho agradável, mas com muita poeira no piso. Trecho aberto, com o sol já em atividade. Trecho agradável, entre mata nativa. Outro trecho sombreado. A dificuldade maior desse dia foi mesmo a poeira. Itabirito, conhecido na época como Itabira do Campo (distrito criado em 1752 e subordinado ao município de Ouro Preto), foi elevado à categoria de vila com a denominação de Itabirito em 7 de setembro de 1923, e à condição de cidade em 10 de setembro de 1925. Foi no século XVIII, entre 1706 e 1709, que o Capitão Mór Francisco Homem Del Rey e o piloto da Nau Nossa Senhora da Boa Viagem, Luiz de Figueiredo Monterroyo, chegaram na região em busca de ouro. A partir de 1752, já na condição de Distrito Colonial de Vila Rica, recebeu o nome de Itabira do Campo, que o identificou até o ano de 1923, quando emancipou-se politicamente em 7 de setembro, com o nome de Itabirito, originário do Tupi, que significa "pedra que risca vermelho", denominação de um minério de ferro abundante na região. O fato de a cidade se localizar exatamente entre Ouro Preto e o antigo Curral Del Rey, local escolhido para se tornar a nova capital de Minas Gerais, tornou a cidade um ponto estratégico de parada dos tropeiros que transitavam pelas montanhas entre as duas localidades. Chegando à zona urbana de Itabirito. Durante o século XIX, houve um alto fluxo de imigração para Itabirito, causados tanto pela exploração aurífera quanto pela construção da Estrada de Ferro. O ponto culminante de Itabirito é encontrado no Pico do Itabirito, monólito de hematita com 1.586 metros de altitude. A cidade é cortada pela Rodovia dos Inconfidentes, de fácil acesso, porém sinuosa e perigosa devido as várias vítimas que faz anualmente. Situa-se a meia distância entre Ouro Preto (48 quilômetros) e Belo Horizonte (55 quilômetros). O nome desse bar me evocou saudades da Espanha... O pastel de angu de Itabirito é considerado patrimônio cultural do município e há uma variedade grande de recheios. A cidade realiza, inclusive, a Festa do pastel de Angu desde 2000, que envolve degustação da quitanda, quadrilhas, apresentações musicais e apresentações folclóricas. População: 48 mil habitantes - Altimetria: 823 metros. Fonte: Wikipédia Quase chegando ao destino final desse dia.. RESUMO DO DIA: Tempo gasto, computado desde o Hotel Dona Eliana, em Rio Acima/MG, até o Dallas Hotel, localizado na cidade de Itabirito/MG: 6 h. Hospedagem em Itabirito: Dallas Hotel – Excelente! O pessoal do atendimento foi extremamente atencioso. Almoço: No restaurante existente no piso térreo do estabelecimento, com ótima comida por inacreditáveis R$10,00, podendo-se comer à vontade no sistema self-service. IMPRESSÃO PESSOAL: Uma etapa de média extensão e praticamente sem dificuldades altimétricas. O percurso segue o tempo todo junto ao rio das Velhas, ora de um lado, ora de outro. O problema maior foi novamente a estiagem que assolava as Alterosas, pois encontrei muito pó no leito da estrada, agravado pelo expressivo tráfego de veículos. Resultado: ingeri e aspirei muita poeira nesse dia. Já a cidade de Itabirito me surpreendeu, positivamente, pela sua limpeza, urbanidade, beleza e hospitalidade de seu povo. |
Home > Crer / MG - 1ª parte >