Breve História

HISTÓRIA DA ESTRADA REAL

              

A notícia da riqueza destas terras fez com que a Coroa Portuguesa decretasse como legal apenas uma das muitas vias, instituindo crime de lesa-majestade para aquele que adentrasse ou deixasse as ‘‘minas gerais’’ sem passar por um dos seus registros de fiscalização e controle. A intenção era evitar o contrabando e, assim, aumentar os ganhos da Fazenda Real.

Durante todo esse tempo, três grandes caminhos foram controlados e se tornaram as primeiras estradas oficiais do Brasil, ligando Paraty, Rio de Janeiro e o Arraial do Tejuco (Diamantina) à região de Vila Rica (Ouro Preto). 

A Estrada Real foi lugar de bandeirantes, imigrantes, tropeiros, boiadeiros, escravos, garimpeiros, representantes da Coroa, inconfidentes e figuras lendárias, hoje imortalizados pela memória falada do povo singular e hospitaleiro que habita em suas margens.

Com sua diversidade climática, geográfica e, sobretudo, étnica, a Estrada Real foi sendo construída, ao longo do tempo, como um dos roteiros mais plurais do País. 

São centenas de municípios no seu entorno com características culturais, religiosas e econômicas diversificadas. 

Tudo isso faz da Estrada Real, atualmente, um dos destinos turísticos mais atraentes e interessantes do País. 

Quem procura aventura, cultura, natureza exuberante, gastronomia farta e as mais belas cidades históricas, está no caminho certo.

OS CAMINHOS

Utilizando velhas trilhas dos índios Guaianás, alguns bandeirantes, saindo da região de São Paulo, cortaram matas, serras e abriram um caminho para facilitar a locomoção e, assim, o transporte entre o litoral e a região mineradora. Mais tarde, este caminho, de Paraty a Ouro Preto, foi chamado de Caminho Velho.

Uma pequena alça estendia esta estrada até as importantes vilas da Sabará e Caeté. Agora chamado de Caminho do Sabarabuçu, esta extensão do Caminho Velho tinha como referências o Rio das Velhas e a Serra da Piedade. 

Alguns anos depois, com a expulsão de piratas e ladrões do Porto do Rio de Janeiro e da Ilha Grande, o governo português incentivou a abertura de uma segunda via em direção à ‘‘terra das montanhas’’.

Garcia Rodrigues, um explorador com vasta experiência, planejou e executou a construção de um Caminho Novo, do Rio de Janeiro a Ouro Preto, mais rápido e mais preparado para receber o enorme fluxo populacional que migrava para as cidades mineradoras. 

Logo após sua conclusão, a Coroa Portuguesa transferiu parte de seus registros para este caminho e decretou ilegal a utilização do Caminho Velho. 

Existia, ainda, um terceiro Caminho, o dos Diamantes, ligando Ouro Preto a Diamantina. Privilegiado pela beleza cenográfica da Serra do Espinhaço, esta via se destacou a partir de 1729 com a descoberta das ‘‘pedras brilhantes’’, abundantes na região.

(Obs.: (texto extraído do site: www.minastour.com)