1º dia: PIQUETE/SP a CACHOEIRA PAULISTA/SP – 29 QUILÔMETROS
“Glorioso São Miguel Arcanjo, poderoso vencedor das batalhas espirituais, vinde em auxílio das minhas necessidades espirituais e temporais. Afugentai de minha presença todo mal e todo ataque e ciladas do inimigo. Com sua poderosa espada de luz, derrotai todas as forças malignas e iluminai meus caminhos com a luz de tua proteção. Arcanjo Miguel, do mal: libertai-me; do inimigo: livrai-me; das tempestades: socorrei-me; dos perigos: protegei-me; das perseguições: salvai-me! Glorioso São Miguel Arcanjo, pelo poder celeste a vós conferido, sê para mim o guerreiro valente e conduzi-me nos caminhos da paz. Amém!”
Deixei o local de pernoitei às 5 h 30 min, sob um clima fresco e ventoso, e segui à direita, em direção à saída da cidade e, na sequência, acessei a rodovia BR-459 e por ela prossegui pelo acostamento e em ascenso por 1.200 metros, em direção à Itajubá/MG.
Então, numa bifurcação, eu adentrei à direita, na Estrada Vicinal José Rodrigues Ferreira, que provém do bairro Marins e, mais acima, percorridos 1.800 m, eu atingi o topo da elevação, situado a 734 m, o ponto de maior altimetria desse roteiro.
Prossegui, na sequência, em franco descenso, e quando o caminho se aplainou, já no bairro Itabaquara, transitei diante da Capela de São Sebastião e, mais adiante, percorridos 6 quilômetros, com o dia claro, eu fleti à direita, e segui sobre terra, utilizando a Estrada Vicinal Geraldo Ferreira, num trajeto silencioso e levemente descendente, situado entre chácaras e fazendas de criação de gado.
Percorridos 9 quilômetros em bom ritmo, eu desaguei na Rodovia Cristiano Alves da Rosa, que segue em direção à cidade de Cruzeiro/SP, então, eu dobrei à esquerda e prossegui pelo seu acostamento por mais 8.500 metros, num percurso plano, mas preocupante e barulhento, pois o trânsito de veículos era expressivo naquele horário.
Assim, nesse trecho específico, quando a inquietude solapou minha introspecção, aproveitei para rezar meu terço diário, depois, coloquei os fones no ouvido, liguei o rádio e sintonizei a Rádio Aparecida, onde as canções sacras ali entoadas me infundiram um novo ânimo.
E a partir das 9 h eu passei a ouvir à Santa Missa celebrada na Basílica de Aparecida, o que insuflou fé e alento em minha mente, afinal, como bem afirmou o escritor Augusto Branco: “Encontra esperança na dor e no desafio, afinal, nesta vida só nos são colocados à frente os obstáculos que somos capazes de superar.”
Percorridos 18 quilômetros, já na pequena Vila do Embaú, eu tomei à direita e caminhei num trecho ermo, entre pastagens, por onde discorre o traçado da Estrada Real e, palmilhados mais 2.000 m, eu acessei a rodovia SP-058.
Então, sem maiores problemas, pois esse intermeio é integralmente plano, sob clima frio e sol ameno, percorridos 24 quilômetros, eu adentrei em zona urbana e segui caminhando em direção às enormes instalações da Canção Nova, que é uma comunidade católica brasileira fundada no ano de 1978, seguindo as linhas da Renovação Carismática Católica.
Com sede na cidade de Cachoeira Paulista (SP), ocupa uma área de 372 mil m2 e conta com sistema de rádio e televisão de longo alcance, estendendo-se a outros países como Portugal, Itália, Israel, França e Paraguai.
Contudo, sua portaria principal se encontrava com rígidos protocolos para acesso, face à pandemia da Covid-19, então, contornei por fora parte da monumental edificação e pude visitar a Capela da Sagrada Família, onde externei minhas preces.
À tarde, após lauto almoço e necessário descanso, retornei até o Santuário do Pai das Misericórdias, onde participei do Terço da Misericórdia e, assim, encerrei minha passagem pelo lugar onde o Beato Padre Léo pregou a palavra de Deus por muitos anos.
Algumas fotos do percurso desse dia: