“Se andas com a pessoa certa, qualquer caminho te leva à felicidade.”(Giorgia Stella)
Saída às 5 h, depois de ingerir cheiroso café gentilmente oferecido pela Kátia, dona da Pousada.
Nesse percurso, os trajetos do CRER e da Estrada Real são coincidentes.
O trecho inicial é plano e aberto, com amplas visões do entorno.
Nesse intermeio, fui ladeado por plantações de milho e soja, além de imensas pastagens.
O problema maior está no roteiro extremamente solitário, pois não há habitações à beira do caminho.
Assim, necessário se prover de água, pois não será possível obtê-la no trajeto, já que não há povoados no percurso.
Depois de vencer 19 quilômetros, há que se vencer a serra de Carrancas, de razoável extensão.
O descenso pelo lado oposto, também representa outro problema, pois deve ser trilhado com muita paciência, sob o risco de uma queda espetacular.
Algumas fotos do percurso desse dia:
Muita nebulosidade no início da jornada.
Estrada plana no início, mas com muita areia no piso.
Lentamente, o dia nasce...
Um grande eucaliptal nesse trecho.
Caminhando em campo aberto...
A Serra de Carrancas, à esquerda.
Caminhando em direção à serra..
Vista desde o cume da serra de Carrancas.
Caminho plano no alto da serra. Mas, com muita areia no piso.
Descendendo em direção à cidade de Carrancas.
Local onde almocei nesse dia. Recomendo!
Carrancas: diz a lenda que as catas, formadas pelas escavações em busca de pedras preciosas, vistas de longe, pareciam caras feias. Daí, o nome da cidade.
O município tem sido cada vez mais procurado por praticantes de ecoturismo por causa de suas cachoeiras e serras. O Complexo da Zilda, com várias passagens por rios e cachoeiras é o local mais visitado.
A região foi desbravada pelos taubateanos João de Toledo Piza Castelhanos, seu irmão, o Padre Lourenço de Toledo Taques, e seus genros Salvador Corrêa Bocarro, Miguel Pires Barreto e José da Costa Moraes.
Data de sua descoberta 1718, ano em que os mesmos teriam aí fixado residência, às margens do Rio Grande.
Mais tarde, o povoado viria a ser denominado Nossa Senhora do Rio Grande.
A Igreja Matriz foi construída em 1720 e em seu interior possui pinturas de Mestre Joaquim José da Natividade, discípulo de Aleijadinho.
O Município de Carrancas está se tornando um verdadeiro polo turístico em Minas Gerais, porquanto abriga uma grande variedades de cachoeiras, poços, grutas e serras, tendo sido eleita em 2008 pela Revista Encontro de Belo Horizonte, a 4ª (quarta) Maravilha de Minas Gerais.
Atualmente, ela tem sido utilizada pela Rede Globo como cenário para várias novelas da emissora com, por exemplo: Alma Gêmea (2004), Paraíso (2009), Amor Eterno Amor (2012), Império (2014).
Por isso mesmo, tem sido muito procurada por turistas paulistas e cariocas, e por aqueles que buscam por um local que oferece um saudável turismo ecológico, localizado longe das grandes metrópoles.
A nascente do Rio Capivari está na Serra de Carrancas, acoplado ao Complexo da Zilda (com cachoeiras, escorregador natural e gruta).
Este complexo ecológico consta nas áreas prioritárias para conservação da Fundação Biodiversitas e está no ecótono Mata Atlântica/Cerrado.
A cidade possui aproximadamente 70 cachoeiras e sua população atual é constituída de 4 mil almas.
Fonte: Wikipédia
A belíssima igreja matriz de Carrancas.
RESUMO DO DIA:
Tempo gasto, computado desde a Pousada Reis, em Capela do Saco / MG, até a Pousada Carrancas, em Carrancas / MG: 6 h 30 min;
Clima: frio e nublado de manhã; depois das 10 horas, calor e sol forte até quase o final da jornada.
Pernoite na Pousada Carrancas: Apartamento individual: Excelente - Preço: R $ 70,00.
Almoço no Restaurante do Fofão: Excelente! - Preço: R $ 16,00, pode-se comer à vontade no self-service.
AVALIAÇÃO PESSOAL - Uma etapa de extensão média, bastante agradável em sua primeira parte, contudo, extremamente exigente quando da escalada da íngreme Serra de Carrancas. O caminho não apresenta grandes dificuldades até o 19º quilômetro, sendo ladeado por bucólicas paisagens, fazendas de gado leiteiro e imensas culturas agrícolas. Porém, a falta de água nesse trajeto pode se tornar um grande empecilho, pois não existem casas existentes à beira da estrada. O percurso em direção ao topo de montanha é bastante desgastante, conquanto, profundamente belo, pela visão que se descortina à medida que ascendemos ao cume. No geral, uma etapa bastante cansativa, agravada pelo fato do sol crestar sem piedade depois das 10 horas, naquela memorável segunda-feira.