2017 – CAMINHO DA PRECE – V
"Quando rezo não sinto meus passos."
PRÓLOGO
O ano de 2017 mal havia se iniciado e eu já sonhava em seguir até um Santuário Mariano, com o propósito de renovar meus votos com Nossa Senhora, objetivando agradecer as graças alcançadas em 2016 e pedir bençãos para o ano em curso.
Poderia, por exemplo, tomar um ônibus, ir até a cidade de Aparecida, assistir à missa e retornar ao meu lar.
No entanto, como todo peregrino reincidente, meu desejo era fazer isso a pé, da forma mais despojada e humilde possível.
Uma das principais ruas de Jacutinga/MG.
Contudo, por compromissos familiares já assumidos, não dispunha de tempo para chegar até a Basílica da Mãe Maior caminhando, por exemplo, os derradeiros 100 quilômetros do Caminho da Fé ou do Caminho de Aparecida.
Assim, melhor analisando essa situação, sob vários ângulos, cheguei à conclusão de que poderia executar tal desígnio, percorrendo o Caminho da Prece, em duas jornadas solitárias.
Seriam 71 quilômetros a vencer, e com alguns aclives importantes a serem sobrepujados, mormente, em sua parte final.
Imagem de Nossa Senhora de Aparecida, existente no interior da igreja matriz de Jacutinga/MG.
Isto resolvido, honrando o compromisso firmado com Nossa Senhora do Carmo, retornei a Jacutinga/MG de supetão, numa terça-feira à tarde.
Como das vezes anteriores, me hospedei no Hotel Gandhi, onde havia feito reserva.
Lá, por R$60,00, pude dispor de um excelente quarto individual, limpo e agradável.
Aproveitei a ocasião para ali mesmo adquirir minha credencial peregrina, passaporte obrigatório para aqueles que desejam receber seu Diploma no final do trajeto, além de propiciar descontos e preços especiais nos locais de pernoite existentes ao longo do roteiro.
Depois saí passear pela localidade.
Igreja matriz de Jacutinga/MG.
Como bom católico, primeiramente, fui visitar e fotografar a igreja matriz da cidade, cujo padroeiro é Santo Antônio.
Altar-mór da igreja matriz de Jacutinga/MG.
Depois, dei um giro pela simpática urbe e, na sequência, fui em direção a um supermercado, onde adquiri produtos para meu lanche noturno e para a jornada do dia sequente.
Festejando com o carismático amigo Polly.
Mais tarde, telefonei ao Polly, um dos fundadores e responsável pelo Caminho da Prece na cidade.
Combinamos nos ver à noite e, no horário aprazado, ele veio me buscar no hotel e seguimos em direção à sua residência.
Quando ali aportamos, pudemos matar saudades, aferir cronogramas de eventos e relembrar caminhos pretéritos.
Com o Ely Prado. Momentos inesquecíveis!
Logo depois, de surpresa, chegou o Ely Prado, grato companheiro de caminhada e, juntamente com o Polly, um dos fundadores do Caminho da Prece.
Enquanto ingeríamos um café supimpa e degustávamos um bom queijo mineiro, combinamos eventos futuros e conversamos muito sobre as novidades do roteiro que eu iniciaria na madruga seguinte.
Com o Ely Prado. Alegria sempre!
Isto perdurou por mais de hora, porém, meus confrades trabalhariam no dia seguinte.
Dessa forma, me despedi do Polly, enquanto seguia de carona com o Ely até o hotel onde havia me hospedado.
O Ely Prado e o Polly, fundadores do Caminho da Prece. Muito bom revê-los!
Como das vezes anteriores, quero deixar registrado aqui meus efusivos agradecimentos a esses valorosos guerreiros que tão bem me recebem em Jacutinga, e tanto realizam em prol dos peregrinos que percorrem o Caminho da Prece, um roteiro abençoado e de infinita beleza.