FINAL
“O poder está dentro de você, na sua mente, pois se acreditar que consegue não haverá obstáculo capaz de impedir o seu sucesso.”
SUGESTÃO
Na teoria proposta pela Associação de Confrades do Santo Apóstolo que administra esse caminho, ela não indica o seu início em um ponto pré-determinado e a sugestão que cada um comece da porta de sua casa.
No entanto, antes de deixar a cidade, aconselha-se passar diante da Paróquia de Santiago e São João Batista, localizada na Plaza de Santiago (Ópera), ou pela Igreja de Santiago, o Maior, (atualmente, fechada por obras), na Plaza dos Comendadores e solicitar ali a sua bendição de peregrino.
O peregrino deve, então, caminhar até a Plaza de Castilla e, depois, seguir pelo caminho dos hospitais de “La Paz” e Romón Y Cajal”, onde tem início a sinalização com as flechas amarelas.
Na sequência, atravessa-se o bairro de Fuencarral, e um caminho nos conduz até a autovia de Colmenar, depois ao bairro de Montecarmelo, para nos dirigirmos até a porta do cemitério de Fuencarral.
Ao lado dele se encontra a paróquia do Divino Salvador, onde existe uma concha de peregrino em sua entrada e onde todos os dias do ano, há missa às 8 horas, da manhã.
Ali também se pode conseguir a benção do peregrino e o carimbo em sua credencial.
A igreja de Santiago e São João Batista é o único lugar onde se entrega aos peregrinos a credencial específica do Caminho de Madri, que está validada pela Catedral de Santiago.
Diploma ganho por ultrapassar a "Metade do Caminho".
EPÍLOGO
“Aquilo que você está vivendo, o peso que você está carregando, não é nada comparado à alegria que está esperando por você!”
Quem ousar se aventurar um dia pelos caminhos que seguem em direção a Santiago, vai descobrir como somos frágeis diante da natureza.
Mas, reconhecerá também, o quanto somos fortes quando acreditamos em nossos sonhos, ousamos ser muito mais do que simples observadores e traçamos nosso próprio destino, caminhando cada vez mais longe, descortinando novos horizontes, desafiando o que antes parecia inatingível.
Só assim poderemos certificar que todos os nossos sonhos são possíveis e que não existe emoção maior do que transformá-los em realidade.
O horizonte e a própria vida se ampliam de uma forma descomunal, levando-nos a acreditar em novos potenciais.
A fé, que persiste até o último momento, é a razão de viver.
E a bandeira verde-amarela, tremulando em nossos corações, suspensa entre o céu e a terra, será sempre a marca da nossa vitória.
Em Sahagún, festejando o encerramento do Caminho de Madrid.
Sobre o Caminho de Madri, diria que essa preciosa rota jacobeia é interessantíssima e foi um dos roteiro mais silenciosos e solitários que já percorri, posto que em seu itinerário atravessei, além de montanhas e cidades medievais, imensos campos agriculturáveis e intermináveis bosques de pinheiros.
Trata-se, na verdade, tirante a etapa Cercedilla/Segóvia, de um traçado integralmente plano e que está muito bem sinalizado.
E nele, enquanto percorria sozinho longas distâncias, diariamente, tentei mesclar a espiritualidade com o prazer da solidão, que faz parte da minha crença religiosa, enquanto cristão.
Por fim, aportar à cidade de Sahagún, egresso de um roteiro ermo, e reencontrar centenas de peregrinos decorrentes do Caminho Francês foi, novamente, um baque para meus anestesiados sentidos.
Sem alternativas, tomei um trem até Sarria e ali, já mais afeito ao bulício da civilização, no dia seguinte, dei início ao meu derradeiro périplo que, 4 dias mais tarde, se findaria em Santiago de Compostela.
Bom Caminho a todos!
Maio/2018