FINAL

FINAL

Jesus quer servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. A quem a aceita, prometer-lhe-ei a salvação e estas almas serão amadas de Deus, como flores colocadas por Mim para enfeitar o Seu Trono.” (Essa foi a primeira vez em que Nossa Senhora de Fátima disse claramente à Lúcia que tinha uma missão para ela e qual a função da mesma.)

PRECE

(Fernando Pessoa)

Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.

Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.

Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim.

EPÍLOGO

Sabe essas marcas de passos que ficaram no caminho percorrido? Elas podem ser apagadas do chão, mas nunca das lembranças. Cada passo que fora dado é um pé de sentimento, cada pé uma sensação, cada pé uma experiência, um sempre a frente do outro, algumas vezes os pés juntos, mas apenas para descansar, marcas da ponta dos pés, para lembrar que determinadas vezes precisamos ir com um pouco mais de cuidado, mas nunca parar com a caminhada, também encontrará marcas de mãos, pois quando caí e tive que me apoiar para levantar, dessa vez tive que ser um pouco mais firme, mas a caminhada, essa deve ser mantida até mesmo sozinho.” (Ismael Azevedo)

Obrigado, Nossa Senhora de Fátima, por todas as graças e bençãos auferidas durante a minha solitária peregrinação.

Peregrinar tem vários significados: “Viajar por terras estranhas” ou “Viagem que se faz a um santuário por devoção ou por voto” ou mesmo “Tempo desta vida, em que se está de passagem para a eterna.”

De um ponto de vista geral histórico-religioso, peregrinar é a viagem empreendida individualmente ou coletivamente, para visitar um lugar santo, onde se manifesta de um modo particular a presença de um poder sobrenatural.

O fenômeno das peregrinações é natural ao gênero humano e em todas as culturas, antes mesmo do cristianismo.

Os muçulmanos tem obrigação de peregrinar ao menos uma vez a Meca, os gregos antigos faziam a Delfos e Olímpia, os chineses ao sepulcro de Confúcio e os celtas acreditavam que Finisterra servia como porto de embarque das almas para outro mundo.

As peregrinações cristãs tiveram duas origens muito distintas: uma a veneração aos Santos Lugares, aqueles onde Cristo havia santificado com sua presença mortal e à cidade de Roma (Vaticano).

E a outra, o culto aos santos e suas relíquias.

Das primeiras se tem notícias desde o século II, e da segunda, desde o ano 356, em Constantinopla, na parte oriental do império romano, contudo, no ocidente, tal costume teve inicio vários séculos depois.

Relativamente, à minha peregrinação a Fátima, diria que desde criança ouvia falar desse Santuário, posto que minha avó e minha mãe eram devotas fervorosas de Nossa Senhora de Fátima.

Assim, novamente, foi muito bom fugir da rotina de meu cotidiano, caminhar pela natureza e estar sozinho com Deus.

E, em meu coração, trilhei o “Caminho da Gratidão”, pois pude agradecer, diariamente, as inúmeras graças auferidas durante o ano em curso, como, por exemplo, o nascimento de minha neta Lavínia, que veio ao mundo em junho último, perfeita e com saúde.

Ademais, o fato de atravessar 10 mil quilômetros sobre o mar para intentar esse Caminho, com pertinácia, saúde e fé, me irradia uma profunda gratidão a Nossa Senhora de Fátima, minha mentora em terras portuguesas.

Por isso, ao aportar a pé, novamente, ao seu Santuário, foi impossível conter as lágrimas pela emoção de concretizar mais um sonho, deveras almejado.

E, como existem inúmeros outros roteiros que, também, têm seu destino final nesse local sacro, Deus permitindo, retornarei aqui outras vezes.

Deus permitindo, retornarei outras vezes a pé, nesse local abençoado.

Ainda, um “obrigado” especial ao meu preclaro amigo Aurélio Simões que, graciosamente, me visitou no trajeto e disponibilizou todo o suporte necessário, para que eu concretizasse mais um sonho, longamente acalentado.

Para finalizar, só me resta agradecer, orando:

Ó Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar aos três pastorinhos os tesouros de graças que podemos alcançar, rezando o santo rosário, ajudai-nos a apreciar sempre mais esta santa oração, a fim de que, meditando os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos.

Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente

como que mais precisarem.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós.

Amém! ”

Bom Caminho a todos!

Novembro / 2019