Como de praxe e de comum acordo, o Vinícius e eu resolvemos sair bem cedo, como forma de agilizar nosso deslocamento, então, partimos às 4 h 45 min, depois de ingerir substancial café da manhã, que muito nos reenergizou.
Assim, deixamos o Hotel Ghandi onde pernoitáramos e seguimos em direção ao ponto “zero” do roteiro: a estação ferroviária da antiga Rede Mineira de Viação, um prédio de 1886.
Depois de nos cumprimentarmos e desejarmos boa sorte, mutuamente, demos início à nossa peregrinação e seguimos sob o conforto da iluminação urbana em bom passo, vez que o dia somente raiaria dali a 15 minutos.
Percorridos 5 quilômetros, com o sol despontando, transitamos pelo bairro São Luiz, onde pude fotografar a igrejinha ali existente.
Então, giramos à direita, depois, por uma ponte nós ultrapassamos o rio Moji-Guaçu, então, adentramos em larga e ascendente estrada de terra, por onde seguimos animados e sob o frescor de frondente mata nativa.
Naquele local, como num passe de mágica, tudo ficou silencioso e bucólico.
Mais acima, passamos a transitar entre imensos cafezais e no oitavo quilômetro, ainda em forte ascendência, fizemos uma pausa para fotografar a cidade de Jacutinga e todo o panorama que dali se descortinava, desde o Belvedere 7 de Abril, que se encontra a 1070 m de altitude, junto a uma grande pedra.
Depois, prosseguimos em aclive por mais algum tempo, então, após atingir o topo do morro, situado a 1.100 m, passamos a descender, como de praxe nessa etapa, entre cafezais a perder de vista.
Mais abaixo, defronte à Fazenda Ranchão, fletimos, radicalmente, à esquerda, e prosseguimos em outro forte ascenso até que, percorridos 14 quilômetros, atingimos o ponto de maior altimetria da jornada, situado a 1.231 m de altura.
Depois, seguimos sempre em ríspido descenso, sobre um duro piso cascalhado, alternando o trânsito entre eucaliptais e cafezais sem fim e, em alguns trechos, transitamos por locais ermos e silenciosos.
No 15º quilômetro, fizemos uma pausa para descanso, hidratação e ingestão de carboidratos.
Depois, seguimos adiante e, logo à frente, do cimo de um morro, nós avistamos, situada a uns 5 quilômetros de distância, a cidade de Espírito Santo do Pinhal, o que nos infundiu novo ânimo.
Já no plano, percorridos 19 quilômetros, fizemos outra pausa num bar situado no bairro Areião, para que o Vinícius pudesse ingerir um poderoso energético, que lhe deu novo alento para enfrentar o trecho derradeiro.
A partir desse local, prosseguimos sobre piso asfáltico, primeiramente, pelo acostamento da rodovia ESP-020, porém, a partir do 22º quilômetro, passamos a caminhar por bairros periféricos da cidade de Espírito Santo do Pinhal.
Percorridos 26 quilômetros, passamos sob a SP-342, que vai em direção a Andradas, depois acessamos uma rodovia vicinal que, 3 quilômetros à frente, nos deixou diante do Santuário de Santa Luzia, nossa meta nesse dia.
Então, adentramos àquele espaço sacro e, de imediato, nos dirigimos ao interior do templo ali erigido, onde professamos orações e externamos agradecimentos pelo sucesso de nossa abençoada peregrinação.
Mais tarde, após breve descanso, adentramos num táxi e retornamos a Jacutinga onde, novamente, pernoitamos nesse dia.
Nessa oportunidade, tive o prazer de, novamente, dividir a trilha com meu amigo Vinícius, grande companheiro de jornada, a quem agradeço pela companhia e amizade.
Algumas fotos do percurso: