Igreja matriz São João da Boa Vista.
As origens de São João da Boa Vista, “A Cidade dos Crepúsculos Maravilhosos”, apresentam pontos controversos que jamais serão perfeitamente esclarecidos, pois não há documentação fidedigna que traga prova irrefutável de como se deu sua fundação.
Aceita-se, no entanto, como fato comprovado que as terras que formam hoje o município pertenciam a Mogi Mirim e foram ocupadas por Antônio Manuel de Oliveira (vulgo Antônio Machado) que, juntamente com seus cunhados Ignácio e Francisco, chegou às margens do rio Jaguari Mirim, vindos de Itajubá, em 24 de junho de 1821.
Antônio Machado doou o terreno para o patrimônio da futura população e, desde quando fora erguida a capela sob o patrocínio do monsenhor João José Vieira Ramalho, vinha o eclesiástico a ela, de sua Fazenda Pinheiros, a fim de oficiar missa aos domingos e, possivelmente, celebrar batismos e matrimônios.
Nessas viagens, monsenhor tomou-se de amores pelo povoado incipiente, acabando por mudar-se para lá, adquirindo propriedades rurais e casas na parte povoada.
Padre Ramalho deve ter sido um interessante tipo de pioneiro, destemido e que sabia batalhar pelas suas opiniões políticas, vez que sabe-se que tomou parte da revolução de 1842.
Ainda hoje existem na Estação da Prata os córregos do Quartel e do Polvarinho, assim como a Serra do Paiol, que devem ser remanescentes dos nomes dados a pontos estratégicos utilizados nas empreitadas bélicas do ativo sacerdote.
O nome da cidade deriva do fato seguinte: os Machado chegaram aqui em vésperas de São João e resolveram dar o nome do santo festejado ao pouso onde se instalaram.
Quanto ao resto do nome da cidade (da Boa Vista), explica-se pelas paisagens encantadoras que se descortinam das serras e da maravilhosa mutação de cores que apresentam aos que a admiram da cidade.