1º dia: AGUAÍ/SP ao SANTUÁRIO DE SANTA LUZIA (ESPÍRITO SANTO DO PINHAL/SP) – 32 quilômetros

"Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito.” (Chico Xavier)

Adentrei em um ônibus da Viação Santa Cruz e, duas horas mais tarde, já em Aguaí, me hospedei na Pousada Primavera onde, por R$83,00, pude dispor de um quarto individual, limpo e confortável.

Depois de tomar posse de meus aposentos e trocar de indumentária, saí passear pela simpática cidade, onde o transporte individual preferido é a bicicleta, pois a urbe é toda plana.

Minha primeira preocupação foi visitar a igreja matriz da cidade, cujo padroeiro é o Bom Jesus.

Igreja matriz de Aguaí/SP.

E embora ela ainda prossiga em reformas, pude adentrar ao seu interior para fazer demorada visita e professar orações.

Depois de me abastecer com víveres num supermercado local, retornei à pousada.

A pedra símbolo da cidade de Aguaí/SP.

Infelizmente, por conta de compromissos, não pude me encontrar nessa oportunidade com o amigo Ronaldo Romualdo, tarimbado turismólogo, atualmente, o mantenedor da Rota das Capelas.

Assim, depois de frugal lanche, logo me recolhi, pois o trajeto matutino seria difícil, visto que a meteorologia previa muita chuva para o dia sequente.

Nossa Senhora Aparecida, a vossa benção e proteção!

Nesse pique, levantei às 3 h, fiz alongamentos, ingeri uma banana e uma barra de chocolate.

E, exatamente, às 4 h 15 min, quando dei início à jornada, caia leve garoa e o céu se encontrava plúmbeo e ameaçador.

Quinze minutos mais tarde, próximo do centro da cidade, desabou pesada intempérie, que me obrigou a buscar abrigo debaixo de uma providencial cobertura.

Quinze minutos mais tarde, a garoa retornou e pude prosseguir meu périplo.

Na sequência, transitei calmamente por ruas citadinas vazias e profusamente iluminadas.

Aproximadamente, 4 quilômetros percorridos, por um viaduto, eu transpus a rodovia SP-344, que liga Aguaí a São João da Boa Vista e, na sequência, acessei a rodovia vicinal Júlio Duarte, que vai em direção ao bairro 3 Fazendas.

Essa estrada é asfaltada e segue sempre entre grandes plantações agrícolas.

Infelizmente, ela não contém acostamento, porém o trânsito de veículos em seu leito era praticamente inexpressivo naquele horário.

Tudo estava muito escuro, posto que vivenciávamos os estertores do “horário de verão”, mas com minha potente lanterna de mão, segui meu rumo sem titubear.

O céu prosseguiu negro e a chuva não deu trégua durante todo o percurso.

Mas, como eu estava protegido por uma capa de chuva, não me molhei, embora tomasse muito cuidado onde punha meus pés, em razão de iminente risco de escorregar e cair.

ALGUMAS FOTOS DO PERCURSO DESSE DIA: