A jornada seria de pequena extensão e escassa dificuldade altimétrica, assim, ingeri o café que, gentilmente, o porteiro da noite preparou e parti às 5 h, com o dia já claro.
Sem maiores novidades, transitei por alguns bairros periféricos e percorridos 1.700 metros, abandonei de vez a zona urbana e adentrei em larga e ascendente estrada de terra.
Vencidos 3 quilômetros, por uma ponte metálica eu transpus o rio Moji-Guaçu, depois passei a caminhar entre extensos cafezais e imensas pastagens, a tônica nessa etapa.
Embora o caminho não esteja com a sinalização perfeita, percorridos 15 quilômetros sem grandes dificuldades, pois o dia se mantinha nublado, eu transitei pelo distrito de São Sebastião dos Robertos, popularmente chamado de “Ribeirão”, cuja sede é Jacutinga.
Ali fiz uma pausa na praça principal para ingerir uma banana e fotografar a igrejinha que há no local, cujo padroeiro é São Sebastião.
Na pequena povoação há bares e um supermercado, contudo, por estarmos num feriado e face ao horário extemporâneo, encontrei todos os estabelecimentos comerciais fechados.
Prosseguindo, eu fleti à direita e prossegui margeando o belo ribeirão da Barra, que corria pelo meu lado esquerdo.
Nesse trecho eu transitei um bom tempo sob a mata nativa, num percurso fresco, ermo e silencioso.
Esse trajeto final, todo plano e bastante arborizado, me levou, depois de eu caminhar mais 8 quilômetros, à pequena São Pedro da Barra, mais conhecida por Barra, um povoado simples e hospitaleiro, cuja vila situa-se parte no município de Andradas e parte em Ouro Fino, encravada a 922 m de altitude e, curiosamente, fazendo divisa, também, num pequeno vértice, com o município de Jacutinga.
Possui atualmente próximo de 400 habitantes, e tem na cultura cafeeira sua principal atividade econômica.
Ali me hospedei na Pousada João e Joelma, onde fui muito bem recebido e do local só tenho elogios a fazer.
Após ingerir um lauto almoço e descansar um pouco, retornei ao centro da pequena vila para fotografar sua igrejinha, cujo padroeiro é São Pedro.
Depois, passei algum tempo conversando com o simpático Tiago, que é o proprietário do Constantino Bar, um local asseado e agradável, que oferece produtos sofisticados e de qualidade aos seus frequentadores.
À noite, eu jantei com a família do João/Joelma e, em seguida, me recolhi, pois o dia seguinte seria bastante exigente em termos físicos.
Algumas fotos dessa etapa: