Parti às 7 h da “Plaza de la Peregrina”, onde se encontra o “Santuário de la Virgen Peregrina”.
O primeiro trecho é comum ao Caminho Central Português, contudo, após caminhar 4 quilômetros, no cruzamento com Pontecabras, encontrei uma bifurcação, muito bem sinalizada: se prosseguisse adiante, rumaria em direção a Caldas de Rei, situada no itinerário do “clássico” Caminho Português.
Contudo, como minha intenção era conhecer a Variante Espiritual, girei à esquerda e prossegui em leve descenso.
Percorridos mais 3 quilômetros, passei por Poio, comunidade autônoma da Galiza, onde fiz uma pausa para ingerir uma xícara de café e carimbar a minha credencial.
Mais adiante, passei pelo Monastério de San Juan de Poio, que se destaca pelo seu claustro, onde estão representados em mosaicos, todos os monumentos importantes do Caminho Francês, desde Roncesvalles até Santiago de Compostela.
A origem desse Mosteiro não é muito clara, mas, crê-se que ele já existia no século VII.
Atualmente, é dirigido pelo monges da Ordem de La Merced e uma parte de sua construção está destinada a um hotel.
Vale a pena fazer uma pausa e visitar o Mosteiro de Poyo (preço do tíquete: 1,50 Euros).
Percorridos 12 quilômetros sem maiores novidades, cheguei a Combarro, um típico povoado turístico/marinheiro, situado à beira da ria de Pontevedra.
Na parte mais antiga da vila, pude observar inúmeros cruzeiros e hórreos, todos muito bem conservados e que são considerados bens de interesse cultural.
Achei igualmente interessante existir tantos restaurantes e lojas de artesanato numa vila tão pequena.
Observando a estrutura e beleza do local, fiz uma pausa para fotos, hidratação e, num bar, aproveitei para carimbar minha credencial.
Uma vez que até Armenteira eu não encontraria comércio, adquiri uma garrafa de água, embora soubesse que existe uma fonte na saída deste pequeno, belo e acolhedor “pueblo”.
Quando retomei o caminho, prossegui em ascenso contínuo e depois de atingir uma altura considerável, fui premiado com uma vista panorâmica onde pude enxergar a vila por onde eu transitara e de toda a zona envolvente.
Mais adiante, deixei a estrada bem sinalizada por onde eu seguia e, obedecendo à sinalização, prossegui por uma trilha fresca e agradável, situada no topo da serra.
Nesse trecho, encontrei alguns ascensos íngremes, contudo, depois de caminhar 18 quilômetros, principiei, finalmente, a descender.
E percorridos 22 quilômetros em bom e constante ritmo, cheguei a Armenteira, onde as únicas construções existentes são o Monastério, 2 cafés/restaurantes e um albergue de peregrinos, localizado 300 m à frente.
Já em Armenteira, pode-se visitar o Mosteiro (sem marcação prévia: apenas a igreja e o claustro), gratuito, sendo um pouco menos “espetacular” que o de Poio.
Se pretender definir etapas diferentes das apresentadas, há possibilidade de pernoitar em Campañó, Mosteiro de Poio e Combarro.
Algumas fotos do percurso desse dia: