Epílogo

Uma fantasia que, de tão difícil, acalentamos em nosso íntimo como um sonho impossível de se materializar, quando o efetivamos é delicioso e passamos a revivê-lo como se ainda sonhássemos. 

E, se esse anseio é a realização de uma caminhada, num lugar cuja descrição maravilhosa nos vem deslumbrando a imaginação, durante meses?

Pois, esse devaneio de percorrer o Caminho dos Diamantes, eu vivenciei, com vagar, em etapas pré-determinadas, como criança gulosa que vai lambendo e mordiscando um pedaço de doce, para prolongar o gozo.

Veterano de muitos caminhos, diria com sinceridade, a Estrada Real me surpreendeu, positivamente, por sua rudeza, exuberância e singularidade. 

Nesse diapasão, diria que foi, com certeza, um dos melhores roteiros que percorri até hoje.

Em consonância, desfrutei paisagens deslumbrantes, conheci pessoas amistosas e hospitaleiras, percorri florestas preservadas, matas virgens, caminhos silenciosos, despoluídos e sem violência, na verdade, me senti em outro mundo.

Nesse contexto, trilhar o Caminho dos Diamantes evidenciou-se, para mim, como uma experiência  instigante, prazerosa e inolvidável.

Por fim, um poema que muito aprecio, pois, inerente a um verbo que gosto de conjugar, em toda sua plenitude:

                   "A VERDADEIRA ARTE DE VIAJAR"

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,

Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.

Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...

Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

(Mário Quintana)

                          Bom Caminho a todos!

 Julho/Agosto - 2009