EPÍLOGO

EPÍLOGO

QUAL A IMPORTÂNCIA DE VIAJAR?

Creio que está seja uma das perguntas mais instigantes que se pode fazer para um viajante. O que se passa na mente de quem está percorrendo a estrada e o que busca em seu caminhar? O simples caminhar de um ser pode mudar sua vida completamente o trazendo experiências únicas vividas somente para aqueles que ousam ser felizes no prazer de viajar.

Créditos: www.revistaviajar.com.br

Mark Twain: “Daqui a vinte anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte as amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra.”

Um dos maiores escritores da América, amigo de presidentes e pessoas importantes de sua época, Twain escreveu sobre suas jornadas pela Europa e pelo Oriente-Médio nos best-sellers “Innocents Abroad (1869)” e “A Tramp Abroad (1880)”.

Twain capturou precisamente a importância de abrir sua mente em uma de suas citações mais famosas: “Viajar é letal para o preconceito, intolerância e mentes fechadas”.

Fato interessante é que Mark é muito conhecido por seus livros com as aventuras de Huckleberry Finn e Tom Sawyer, mas “Innocents Abroad” foi o livro mais vendido de toda sua obra.

Maya Angelou: “Eu entendo que ser exposto a existência de outras línguas expande nossa percepção de que o mundo é povoado não apenas por pessoas que falam idiomas diferente umas das outras, mas cuja cultura e filosofia são completamente diferentes das nossas.”

No livro “Wouldn´t Take Nothing for My Journey Now” a poetisa americana Maya Angelou cita que viajar é a esperança de que reconheçamos que todas as pessoas choram, riem, comem, preocupam-se e morrem.

Ela acreditava que se conseguissemos compartilhar essas experiências, estaríamos mais propícios a entender uns aos outros e talvez até nos tornarmos amigos. Quantas vezes você olhou ao redor em um café, bar ou parque em um país diferente e percebeu que isso é tão verdadeiro?

Margaret Mead: “O viajante que deixa seu lar é mais sábio do que aquele que nunca se aventura para além de casa, pois o conhecimento de uma outra cultura aperfeiçoa nossa habilidade em analisar com maior perspicácia, e apreciar, a nossa própria.”

Uma das grandes recompensas do viajante é desenvolver um entendimento muito maior de seu próprio lar ao se adaptar aos diferentes padrões e realidades de outras culturas.

Margaret Mead, antropologista americana conhecida por seu livro “Coming of Age in Samoa” nos lembra de que ao observarmos outras culturas de perto, nos tornamos capazes de aplicar esse mesmo nível de percepção e apreciação de nossas próprias raízes.

Samuel Johnson: “Cada nação tem algo peculiar em seus produtos, obras de arte, curas, agricultura, modos e sua política. O sábio viajante é aquele que leva para casa algo que pode beneficiar seu próprio país; que procura por deficiências ou circunstâncias sinistras que possibilitem a seus leitores comparar sua própria condição a de outros, a tentar melhorar sempre quando esta for pior, ou valorizá-la quando for melhor.”

Em 1760, numa coluna para o The Idler, o escritor inglês Samuel Johnson apontou uma das maiores recompensas de viajar: trazer um novo conhecimento de diferentes maneiras de viver de forma que beneficie seu próprio país. Numa escala menor, trazer algo que signifique algo para você e para aqueles ao seu redor.

Rosália de Castro: “Eu vejo meu caminho mas eu não sei para onde ele me leva. E não saber onde estou indo é o que me inspira a viajar.”

O melhor momento de viajar é sempre o “agora”. E mesmo se isso signifique que você não sabe para onde está indo, é não saber que torna as coisas mais excitantes. Não importa quais sejam seus planos, ou roteiros, a única certeza é que em uma jornada haverão muitos momentos completamente imprevisíveis. Rosália de Castro, poeta e escritora galícia, acreditava que o caminho para o desconhecido é o que nos inspira. Afinal de contas, se você não está certo de onde está tentando chegar, não há como se perder.

créditos: www.brasilpost.com.br

Sartre: “Viajar é a melhor escola… É como um súbito distúrbio no padrão. Se eu estivesse partindo em uma viagem, eu deveria escrever notas sobre cada aspecto de mim mesmo antes de partir, assim no meu retorno eu poderia comparar o que eu costumava ser com o que eu passei a ser. Alguns viajantes mudam drasticamente, tanto físico quanto mentalmente, que alguns de seus parentes mais próximos se quer o reconhecem quando estes retornam.”

Fonte:  Mochileiro Peregrino

FINAL

Em Whitehorse, capital da província de Yukon, no Canadá, existe uma estátua dedicada a todos aqueles que acreditaram em seus sonhos. É a eles que dedico também este singelo relato.”

Percorrer o Caminho de Santa Paulina, revelou-se para mim, uma surpresa agradabilíssima, pois pude visitar uma região inédita, bem como fazer contato e amizade com um povo hospitaleiro, trabalhador e gentil que reside nesse enclave abençoado de Santa Catarina.

Diria que dentre os roteiros por onde caminhei, este foi, talvez, o mais belo e interessante que conheci, por isso mesmo, eu o recomendo com efusão.

"Atalho do Trainotti", o ponto alto desse peregrinação: uma trilha de infinda beleza!

Resumindo minha admiração pelo trajeto, gostaria de citar uma frase de Jean-Jacques Rousseau, que foi um importante teórico político, escritor e compositor autodidata suíço, um dos principais filósofos do iluminismo e precursor do romantismo:

    “Caminhar com bom tempo, numa terra bonita, sem pressa, e ter por fim da caminhada um objetivo agradável: eis, de todas as maneiras de viver, aquela que mais me agrada”. 

Finalizando, gostaria de agradecer àqueles que colaboraram para o êxito em mais esta peregrinação.

Santa Paulina, rogai por todos nós!

No entanto, é impossível enumerá-los todos aqui, não só pelo tamanho da lista, como porque alguma traição da memória produziria uma injustiça.

Carminatti e Perdiz, parceiros de intensas alegrias e gratíssimas rememorações!

Já, quanto aos companheiros Giberto Perdiz e José Carminatti, cultivo por eles uma espécie de invulgar admiração imune ao tempo e a distância, como é praxe no universo peregrino.

Suas amizades estarão sempre entre as mais agradáveis e, também, devo dizer, entre as mais importantes de minhas lembranças.

Se algum dia, porventura, nos revermos pessoalmente, será como se o tempo não tivesse passado, porque “viajantes” não cobram a ausência dos amigos, mas celebram os reencontros.

Aporte emocionante ao Santuário! Obrigado Santa Paulina, por nos proteger no percurso. Amém!

BOM CAMINHO A TODOS!

Abril/2015

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