3º dia – EXTREMA/MG a MONTE VERDE/MG – 36 quilômetros

3º dia – EXTREMA/MG a MONTE VERDE/MG – 37 quilômetros

Estávamos num domingo e o astral do grupo permanecia alto, mesmo sendo necessário levantar às 4 horas da madrugada.

Houve um pequeno atraso no café matutino, por conta de um mal entendido com o porteiro noturno, mas, rapidamente, tudo foi resolvido a contento.

Bem alimentados e depois da fervorosa oração matutina capitaneada pelo Sr. Joel (Leca), partimos animados pelas ruas frias e vazias da cidade de Extrema. 

Mais um dia amanhecendo. O Leca segue firme na trilha..

Mais acima, acessamos uma larga estrada de terra enquanto lentamente o dia raiava.

Esse primeiro trecho foi pontuado pela existência de inúmeras chácaras e de fazendas de criação de gado leiteiro.

Caminho plano e arejado..

Encontramos também muita mata nativa, o que concorreu para deixar nossa caminhada mais agradável e bonita.

Belíssimas vistas no entorno..

O Furlan, surpreendentemente, fazendo uma jornada de superação, nos acompanhou nesse primeiro tramo, contudo, após 5 quilômetros percorridos, quando aportamos ao bairro Salto de Cima, ele desistiu definitivamente de caminhar, face ao desconforto e dores excruciantes em seu pé esquerdo.

O caminho vai se tornando cada mais mais bonito e silencioso..

Nosso “carro de apoio” já se encontrava no local, o que nos propiciou fazer uma pausa para hidratação e ingestão de frutas.

Pausa para hidratação no bairro Salto de Cima.

Novamente em movimento, após 20 minutos de descanso, passamos a caminhar por locais de expressiva beleza, ladeados por imensas pastagens.

Entorno belíssimo..

Como pano de fundo, avistávamos morros e paisagens verdejantes, em ambos os lados da estrada.

O caminho em franco descenso..

Na verdade, estávamos nos movimentando pela Rota das Águas de Extrema que, com atrações como o Parque da Cachoeira do Salto e aventuras como “rafting” e passeios de cavalo, além do Pico do Lobo Guará, que reúne algumas das melhores atrações da cidade.

Pausa para café junto a cachoeira Jaguari.

E, depois de percorrermos 18 quilômetros, fizemos outra parada, num local arborizado, localizado junto à exuberante cachoeira Jaguari, para ingerirmos nosso café da manhã na trilha.

Pausa ideal para um bom descanso, troca de informações e usufruição de sombra, com direito ainda a doces e frutas.

O trecho sequente teve muita sombra.

Prosseguindo, transitamos um bom tempo por bosques nativos, que nos proporcionaram sombra e conforto.

Ainda subindo, logo passamos diante da Prainha, localizada dentro de uma propriedade particular, contando com área de remanso apropriada para um relaxante banho de rio. 

Vista do complexo da Prainha. Local belíssimo!

O local é cercado por muito verde, corredeiras e uma bela cachoeira.

Além disso, é oferecida estrutura completa para o conforto e lazer dos visitantes, inclusive restaurante e wi-fi.

O lugar, efetivamente, é de paradisíaca beleza e já se encontrava bastante movimentado, tendo em vista estarmos num festivo domingo de julho.

O Sr. Antônio segue solitário ponteando o grupo.

Um quilômetro acima, deixamos o município de Extrema para adentrar ao de Camanducaia, onde permaneceríamos pelos próximos dois dias.

Seguindo adiante, passamos diante de singela igreja, onde dobramos à esquerda e logo fizemos outra pausa para hidratação, diante da Estalagem Jaguary, que oferece acolhida a turistas, romeiros e cavaleiros.

Prosseguindo, enfrentamos alguns ascensos e descensos, mas nada muito importante.

Paisagens de encher os olhos..

A nos ladear, como de hábito nessa jornada, extensas pastagens e belíssimas fazendas destinadas a criação de gado leiteiro.

E depois de 24 quilômetros percorridos, enfrentamos o grande desafio dessa jornada.

Em pleno e duro ascenso, um cavalo observa nossa passagem.

Trata-se de um ríspido ascenso que perdurou, aproximadamente, 30 minutos.

O sol já estava a pino mas, por sorte, encontramos bastante sombra nessa íngreme aclividade.

Início do forte descenso, existente no lado oposto.

Já no topo do morro, iniciou-se forte descenso pelo lado oposto da montanha.

Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Pausa para almoço.

Ao seu final, depois de vencermos 26 quilômetros, às 12 horas, fizemos uma parada para nosso almoço na trilha, ao lado da igreja de Nossa Senhora Aparecida, situada em bairro homônimo.

Nosso carro de apoio e a Santa Milagrosa que nos acompanhou em toda a jornada.

Ali, além de bebidas como refrigerantes, água e cerveja, pudemos ingerir um supimpa lanche composto de linguiça calabresa tostada na chapa, acompanhada de pão e salada.

Pessoal se servindo...

A estrutura do local é excelente, pois além de água encanada, há banheiros e sombra.

Do outro lado da capela estão sendo construídas outras dependências, financiadas pelos devotos residentes naquele enclave que, com certeza, quando encerradas, deixarão o local ainda mais aprazível.

Descanso dos romeiros...

O descanso perdurou por quase uma hora, depois, saímos todos para vencer os derradeiros 10 quilômetros da jornada.

Após um pequeno descenso, o caminho voltou a ascender, ainda que de forma lenta e gradual.

Prosseguindo, ainda em ascenso..

Um sol forte e crestante brilhava com intensidade num céu azul e sem nuvens.

Quase no final, ao vencermos o derradeiro ascenso, chegamos a 1274 metros, o ponto culminante dessa etapa.

Sob muito sol, vencendo o derradeiro ascenso..

Em sequência, depois de transitar algum tempo por um trecho sombreado, acabamos por desaguar na rodovia LMG-886, que liga Camanducaia a Monte Verde/MG.

O trecho final, antes da rodovia, estava agradavelmente sombreado.

Caminhamos uns 200 metros, se tanto, pelo acostamento asfáltico, depois fizemos uma pausa para descanso na Parada da Fonte, um local agradável, onde são comercializados café, doces, vinhos, queijos, artesanatos e muito mais.

Refeitos, caminhamos mais 100 metros, depois adentramos à esquerda, em larga estrada de terra, onde estão alocadas inúmeras pousadas campestres.

E logo chegamos à Pousada Chalés do Bosque, situada no bairro Melhoramentos, onde pernoitaríamos nesse dia.

Local de nosso pernoite nesse dia.

O local conta com excelente estrutura e é de expressiva beleza.

Eu fique hospedado num estupendo chalé, onde a comodidade e funcionalidade foram a tônica do magnífico ambiente.

Conforme a noite foi chegando, a temperatura foi caindo, mas, bem agasalhados, ficamos todos no aguardo do jantar.

Local onde dormi naquele domingo.

A refeição foi preparada pelo Renato e o Sr. Antônio, componentes do nosso grupo, na cozinha da pousada, com mantimentos adquiridos num supermercado em Extrema.

Serviram feijão, arroz, salada e uma deliciosa linguiça caipira cozida em panela de pressão.

Como sobremesa, doces variados.

Final de jantar, o Leca e o Furlan já estão na sobremesa.

Custo individual na Pousada Chalés do Bosque: R$120,00, incluindo pernoite e café da manhã.

AVALIAÇÃO PESSOAL: Outra jornada de grande extensão e também com trechos de expressiva beleza, mormente após a passagem pelo bairro de Salto de Cima. A cachoeira do Jaguari, bem como a Prainha são excelentes atrativos nessa etapa e me encantaram por sua plasticidade. De se lembrar a maior dificuldade que enfrentamos nessa jornada: a rude escalada que fizemos um pouco antes do nosso almoço. No geral, uma caminhada agradável, mas sob um sol implacável que brilhou o dia todo num céu sem nuvens. É bom salientar que o pernoite ocorreu num local de natureza preservada e ofereceu conforto pleno.

4ª dia – MONTE VERDE/MG a SAPUCAÍ-MIRIM/MG (Bairro do Paiol) – 40 quilômetros