Breve História

 HISTÓRIA DA ESTRADA REAL

A Estrada Real é um imenso patrimônio histórico, cultural e natural, pela qual escoavam as riquezas na época de domínio da Coroa Portuguesa no Brasil Colônia e, também, no Brasil Império. 

Nascida no século XVII, o caminho expandiu-se com o desbravamento dos Bandeirantes, sendo a única via de acesso autorizada pela Coroa, por onde circulavam riquezas, mercadorias e pessoas.

A grande maioria dos metais preciosos, principalmente ouro e diamantes, provenientes das Minas Gerais, percorriam sempre o mesmo trajeto, passando sempre pelas mesmas cidades, pois o objetivo principal era fazer nessas trilhas e rotas, a fiscalização oficial de tudo o que entrava e saía. 

Seu roteiro percorre 177 municípios, sendo 162 em Minas Gerais, 8 no estado do Rio de Janeiro e 7 em São Paulo. 

Essas cidades estão distribuídas em três caminhos, com uma extensão de 1.400 quilômetros, aproximadamente. 

São trechos em asfalto, terra batida e, em alguns locais ainda preservados por seculares calçamentos do tipo “pé-de-moleque”, em pedras, que foram colocadas no chão, por escravos, uma a uma.

O crescimento sócio-econômico da região se desenvolveu graças a esse Caminho, ao qual cidades e povoados faziam parte de seu percurso, sendo a principal ligação entre o interior brasileiro e seu litoral, tornando-se, assim, um verdadeiro eixo histórico-cultural.

Seus principais ramais são: O Caminho Velho ou Estrada Velha, que interligava a cidade de Paraty, litoral fluminense, à Ouro Preto, interior de Minas Gerais, passando pelas cidades de São João Del Rei e Tiradentes; o Caminho Novo, que interligava o porto do Rio de Janeiro à Ouro Preto, passando pela região de Petrópolis, Juiz de Fora e Barbacena; e o Caminho dos Diamantes, que ligava Ouro Preto à Diamantina.

Especificamente, quanto a este último roteiro, imprescindível esclarecer que ele foi criado no século XVIII, com o objetivo de escoar mais rapidamente o ouro e o diamante extraídos das minas ao norte do estado mineiro, estando localizado numa das regiões que menos se modernizou com o passar dos anos, mantendo intactos muitos de seus aspectos, costumes, sabores e tradições.