RUMO A JACUTINGA!

RUMO A JACUTINGA! 

"Ao sentir o cheiro de terra fresca, o ar limpo e o silêncio da natureza, reencontramos nossa essência. Na cidade precisamos representar um papel porque estamos muito preocupados com o que pensam de nós. Mas, ao voltar à natureza, podemos nos dar ao luxo de sermos nós mesmos. Não precisamos nos vestir bem, falar ou atuar de maneira especial. Basta nos deixarmos levar pelo mundo natural em direção ao nosso interior, onde um manancial de tranquilidade nos espera." (Nietzsche) 

Eu já percorrera o Caminho da Prece em três oportunidades, todas elas durante o mês de agosto.

Nas duas primeiras vezes sob sol escaldante e intenso calor, encontrara muita poeira no roteiro, além de paisagens esmaecidas, em face da forte estiagem vivenciada à época.

Na derradeira caminhada quando, ao lado do Polly e do Ely Prado, vencemos o percurso de 71 quilômetros numa “pernada só”, caminhamos, praticamente, só à noite e sob forte intempérie. 

Então, naquela ocasião, prometi a Mãe Maior retornar a esse magnífico caminho, assim que as chuvas primaveris reverdecessem o cenário, propiciando um roteiro mais alegre, gorjeante e florido.

Dessa forma, honrando o compromisso firmado com Nossa Senhora do Carmo, retornei a Jacutinga/MG de supetão, numa terça-feira à tarde. 

Hotel onde me hospedei em Jacutinga. Recomendo, com efusão!

Como das vezes anteriores, me hospedei no Hotel Gandhi, onde havia feito reserva.

Lá, por R$50,00, pude dispor de um excelente quarto individual, limpo e agradável.

Aproveitei a ocasião para ali mesmo adquirir minha credencial peregrina, passaporte obrigatório para aqueles que desejam receber seu Diploma no final do trajeto, além de propiciar descontos e preços especiais nos locais de pernoite existentes ao longo do roteiro. 

Antiga estação da Estrada de Ferro.

Depois saí passear pela localidade. 

Igreja matriz de Jacutinga/MG.

Como bom católico, primeiramente, fui visitar e fotografar a igreja matriz da cidade, cujo padroeiro é Santo Antônio. 

Capela do Santíssimo, inserta dentro da igreja matriz de Jacutinga/MG.

Depois, dei um giro pela simpática urbe e, na sequência, fui em direção a um supermercado, onde adquiri produtos para meu lanche noturno e para a jornada do dia sequente. 

No poste, a primeira flecha do Caminho da Prece.

Mais tarde, telefonei ao Polly, conhecido ícone na cidade, um dos fundadores do Caminho da Prece.

Combinamos nos ver à noite e, no horário aprazado, ele veio me buscar no hotel. 

Festejando com o simpático Polly.

Seguimos em direção ao local onde trabalha o Ely Prado, o outro fundador desse itinerário. 

Com o Ely Prado, em Jacutinga/MG.

Ali, travamos uma conversa maravilhosa, plena de recordações sobre acontecimentos passados, numa autêntica confraternização peregrina.

Mais tarde, após fraternais despedidas, segui com o Polly até a sua residência. 

Momentos inesquecíveis na casa do Polly. (Créditos da foto: Polly)

Quando ali aportamos, pudemos matar saudades, aferir cronogramas de eventos, relembrar caminhos pretéritos, enquanto ingeríamos uma lata de cerveja estupidamente gelada.

Isto perdurou por mais de hora, porém eu tinha horário marcado para iniciar o caminho na manhã sequente. 

Momentos inesquecíveis na casa do Polly. (Créditos da foto: Polly)

Além disso, meu confrade também trabalharia no dia seguinte.

Dessa forma, me despedi do Polly, mas o carismático amigo fez questão de me reconduzir ao hotel onde eu pernoitaria. 

Imagem de Nossa Senhora de Aparecida, existente no interior da igreja matriz de Jacutinga/MG.

Como das vezes anteriores, quero deixar registrado aqui meus efusivos agradecimentos e cumprimentos a esses valorosos guerreiros, que tanto realizam em prol dos peregrinos que percorrem o Caminho da Prece, um roteiro abençoado e de rara beleza.