A VIAGEM

Se você não está fazendo o que ama, você está desperdiçando o seu tempo.” 


Novembro estava findando, e, dentre os roteiros que desejava percorrer em 2018, restava um a ser intentado.

Minha decisão, ainda que tomada tardiamente, já que ano em curso transcorria célere, baseou-se no prólogo do livro “Cavaleiro das Américas”, do brasileiro Filipe Masetti Leite, nascido na cidade de Espírito Santo do Pinhal/SP, que entre os anos de 2012 e 2014, cavalgou 16 mil quilômetros, desde o Canadá até o Brasil, cujo teor reproduzo abaixo:

Fique aqui e treine com esses cavalos. Você vai morrer nas estradas”, disse o velho cavaleiro quando voltamos do celeiro. Compreendi o receio de Adrian, mas aquele primeiro passo é o que impede muitos sonhadores de cumprir seu destino. Começar uma aventura tão colossal é um ato de fé. Quanto mais demorar para sair da zona de conforto, maior se tornará o desafio. Alguns passam a vida se preparando, mas nunca realizam. No pouco tempo que passei no haras de Adrian, ele me orientou todos os dias com suas palavras e sabedoria, além da extraordinária ajuda com os cavalos. Todavia, como em muitos momentos na vida de um jovem, é preciso seguir a bravura em seu coração. Era agora ou nunca! (Extraído do livro Cavaleiro das Américas, autoria de Filipe Masetti Leite, página 19)."

Assim, deixei o aconchego do meu lar e embarquei num ônibus da Viação Santa Cruz que, após 4 h de viagem, me deixou na simpática cidade de Guaxupé/MG.

Defronte à igreja matriz de Guaxupé/MG, pronto para iniciar mais um Caminho inédito.

Na sequência, rapidamente, me registrei no Big Hotel, onde havia feito reserva.

Ali, pude dispor de um apartamento confortável e extremamente funcional.

Aproveitando a ocasião, adquiri também a minha Credencial Peregrina.

Depois das providências rotineiras, inclusive, tomar um bom banho frio para refrescar, fui almoçar no Jardineira Restaurante e Forneria, providencialmente, situado defronte ao local onde me hospedei.

À tarde, após uma rápida soneca, saí passear.

Mais importante do que tudo que vi, foi conhecer a igreja matriz de Guaxupé, cuja padroeira é Nossa Senhora das Dores.

No interior do templo, além de fotografá-lo, pude agradecer a Mãe Maior pela minha saúde e ânimo para percorrer mais um roteiro a pé, ainda que de pequena extensão.

Infelizmente, o trajeto inicial do Caminho da Fé, dentro da cidade, está deficiente em termos de setas sinalizadoras, assim, aproveitei para revisar o local de saída, porque pretendia partir no dia sequente, bem cedo, ainda no escuro.

Segui, então, até a avenida Dona Floriana, mas logo retornei, rapidamente, pois principiou a chover com violência e seguiu desse modo noite a dentro.

A magnífica Igreja matriz de Guaxupé/MG, cuja padroeira é Nossa Senhora das Dores.

Até o começo do século passado, o território em que se situa Guaxupé era mata virgem.

As mais antigas referências dão conta de que somente em 1813 pés de homens civilizados pisaram a região, habitada pelos primitivos "Caminho das Abelhas", significado indígena da palavra Guaxupé, e a versão mais aceita para a denominação que permanece.

Tomou esse nome, por volta de 1814, o ribeirão e mais tarde o arraial , denominado Dores de Guaxupé.

O documento mais antigo sobre posse de terras até agora conhecido tem a data de 28 de outubro de 1818: É uma escritura passada em Jacuí e pela qual João Martins Pereira e sua mulher Maria de Jesus do Nascimento vendiam a Antônio Gomes da Silva “terras de cultura de matos virgens e serrados” na paragem do Ribeirão do Peixe, vertente para o Rio Pardo, junto a terras do próprio Gomes da Silva, que foi então, ao que tudo indica, o segundo proprietário das terras em que depois surgiu a cidade.

O nome de Guaxupé deriva da fauna de seu território: GUAXE = uma das espécies de pássaro, - AXUPÉ = uma das espécies de abelha. Daí o prefíxo GUA (de guaxe) uniu-se ao sufíxo XUPÉ (de axupé) = adveio GUAXUPÉ 

Conhecida como a terra da orquídea, do leite e do café, está localizada no Sul de Minas Gerais. 

Destaca-se na microrregião da AMOG (Associação dos Municípios da Microrregião da Baixa Mogiana) por levar consigo a bandeira do progresso e desenvolvimento. 

Uma cidade que sedia a maior cooperativa de cafeicultores do mundo, a Cooxupé, além de lindas propriedades rurais, a majestosa Catedral de Nossa Senhora das Dores, a sede do bispado, pequenos e grandes armazéns de café, a indústria eletromagnética e o setor calçadista com mais de 100 indústrias.

A cidade acolhedora, que em dezembro traz o Natal de Luz, o bom e tradicional Carnaval e em julho se transforma na capital mineira do rodeio com a “Expoagro Guaxupé”.

A partir deste ano de 2018, a cidade foi incluída no roteiro do Caminho da Fé, com o ramal “Dom Inácio”, que liga Guaxupé a Aparecida/SP, numa extensão de 438 quilômetros.

População atual: 52 mil habitantes.

O interior da belíssima igreja matriz de Guaxupé/MG.

À noite, antes de dormir, como sempre faço, busquei refúgio na fé e pedi proteção em minha jornada a Nossa Senhora, orando assim:

Ó Incomparável Senhora da Conceição Aparecida,

Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos Pecadores,

Refúgio e Consolação dos Aflitos,

livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos

e a vosso Santíssimo Filho,

meu Redentor e Querido Jesus Cristo.

Virgem bendita dê proteção a mim e a minha família

das doenças, da fome, assalto,

raios e outros perigos que possam nos atingir.

Soberana Senhora dirige-nos em todos os negócios

Espirituais e Temporais. Livrai-nos das tentações

do demônio para que trilhando o caminho da virtude,

pelos merecimentos de vossa puríssima Virgindade

e o preciosíssimo sangue de vosso Filho,

vos possamos ver, amar, e gozar da eterna glória,

por todos os séculos.

Amém!

RESUMO DO DIA: Credencial do Caminho da Fé, adquirida no Big Hotel: R$20,00.

Pernoite: Big Hotel: Excelente! – Apartamento individual – Preço: R$60,00.

Almoço: Jardineira Restaurante e Forneria: Excelente! – Preço: R$45,99 o Kg, no sistema self-service.