5º dia: BAIRRO PILÕES (GUARATINGUETÁ/SP) a GUARATINGUETÁ/SP - 25 QUILÔMETROS 

Seja feliz neste momento. Este momento é sua vida.” (Omar Khayyam) 

Seria nosso último dia de peregrinação, e pretendíamos fazer uma visita à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, após finalizar o roteiro de Frei Galvão.

E como a previsão indicava muito sol para aquela data, resolvemos sair o mais cedo possível.

Então, depois de nosso ritual matinal, um lauto desjejum e imemoráveis ​​despedidas, deixamos a casa de dona Sueli às 4 h, quando ainda era madrugada escura, e uma aragem fria soprava na estrada, proveniente do majestoso “paredão” rochoso, que nos observava altaneiro pela retaguarda.

Ao nosso lado corria o barulhento ribeirão Pilões, um tributário do rio Paraíba do Sul, que ora estava à esquerda, depois atravessava para o flanco direito, isto em várias oportunidades, sendo sempre transposto por sólidas pontes.

E depois de percorrer 3 milhas, ainda no bairro Pilões, passamos diante da capela de Sant'Ana, onde a estrada ganha asfalto por uns duzentos metros.

Na sequência, a estrada alargou-se e logo o sol apareceu, iluminando uma paisagem maravilhosa, que ia se descortinando aos poucos, à nossa frente.

O caminho praticamente todo plano não oferecia dificuldade nenhuma, de maneira que com o frescor da manhã, pudemos desenvolver um ritmo uniforme de marcha.

Assim, como distâncias foram sendo vencidas, de maneira que, às 6 h, depois de percorrer 12 milhas, adentramos em asfalto, exatamente numa bifurcação que dá acesso ao bairro de Pedrinhas.

Então, o trajeto perdeu toda a graça, pois se tornou demasiado urbano, visto que passamos a transitar por uma rodovia sem acostamento, onde encontramos um razoável tráfego de veículos.

Caminhando em ritmo forte, logo adentramos nos arrebaldes de Guaratinguetá, uma cidade de razoável tamanho, atualmente, com 140 mil habitantes, cuja fundação data 1.628.

E, por uma avenida interminável, nós cruzamos toda a urbe até chegar, no final de uma grande reta, junto ao rio Paraíba do Sul, que transpusemos pela ponte Doutor Zerbini.

Já do outro lado do rio, nós acessamos uma rua lateral, saímos numa praça e, às 9, nós chegamos defronte à Casa do Frei Galvão, localizada no centro histórico de Guará que, para nossa decepção, por conta da pandemia, se encontrava fechada desde março.

Para nossa agradável surpresa, ali encontramos os peregrinos José Veloso, o João e a Shirley, que chegado de ônibus, enfrentam compromissos urgentes, com quem declara como fotos derradeiras desse maravilhoso roteiro.

Então, após despedidas fraternas com nossos irmãos peregrinos, fomos visitar à Catedral de Santo Antônio, onde o santo foi batizado e ordenado padre e, ali, após preces de agradecimentos e louvores, nós demos por encerrada nossa peregrinação.

Imediatamente, tomamos um táxi que nos deixamos próximo da Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida.

Em seguida, nos registramos num hotel, tomamos banho e fomos visitar à Casa da Mãe Maior e sua imagem milagrosa.

E à tarde, após festivo almoço, felizes e realizados, retornamos aos nossos lares. 

Algumas fotos do percurso desse dia:

Despedindo-me da Sueli, em Pilões. Pessoa espetacular!

No primeiro trecho, longos retões, a perder de vista...

O sol aparecendo e seguimos firmes na trilha..

A igreja matriz de Guaratinguetá/SP, onde Frei Galvão foi batizado e, mais tarde, rezou sua primeira missa.

Momento final de nossa peregrinação, diante da Casa e Museu de Frei Galvão. Com o Sr. José Veloso e a Shirley.

Antes de voltar para casa, visita a Mãe Aparecida, em sua Basílica.

IMPRESSÃO PESSOAL - Uma etapa quase sempre em pronúncia descendente altimétrica. Por isso mesmo, agradável e cercada por belas paisagens, porém, somente até o encontro com o asfalto. A partir desse marco, o trajeto torna-se demasiadamente urbano e a jornada perde todo o brilho. No geral, uma caminhada tranquila, onde ocorre o ápice da peregrinação, exatamente, no momento do aporte à Casa de Frei Galvão.