5º dia: GAVIÃO PEIXOTO a BOA ESPERANÇA DO SUL – 34 quilômetros

5º dia: GAVIÃO PEIXOTO a BOA ESPERANÇA DO SUL – 34 quilômetros

O segredo é ter fé em Deus!” 

Eu havia combinado com o taxista Tiago para ele me apanhar às 5 h em Nova Europa, contudo, fruto do intenso trabalho que prestava naquela madrugada, ele se atrasou um pouco e somente às 6 horas, ele me deixou na praça central de Gavião Peixoto.

Rapidamente, enquanto o relógio da igreja matriz batia as 6 badaladas, eu fiz os acertos monetários pertinentes, liguei o GPS incrustado no meu celular, me persignei, depois, segui adiante, primeiramente, por asfalto, onde percorri os 2 quilômetros iniciais.

Com o dia clareando, adentrei à direita, numa estrada de terra ascendente e prossegui caminhando morro acima, tendo como base uma linha de postes de transmissão de energia elétrica.

Quando, finalmente, o trajeto se nivelou, adentrei numa estrada retilínea que, mais adiante, me levou a transitar diante das instalações de uma imensa granja avícola, infelizmente, pelo que notei, abandonada.

Depois de fletir à esquerda e caminhar por um trecho boscoso, voltei a transitar por locais abertos, onde a cana havia sido colhida recentemente e me permitia visualizar o horizonte em todas as direções.

Nesse intermeio, encontrei um grupo de ciclistas que fazia seu “Pedal Domingueiro” e trocamos saudações de apoio.

Mais abaixo, eu desaguei na mesma rodovia asfaltada que percorrera no início do dia e, por ela, descendi um 700 m, até o bairro Ponte Alta, onde entrei à esquerda.

Ali avistei algumas casas, cumprimentei alguns moradores, me desviei de vários cães soltos, que deram algum trabalho, e visualizei, ainda, um bar aberto, talvez por estarmos vivenciando um domingo, assim, não saberia dizer se ele também funciona durante a semana.

Até aquele local eu já percorrera 13 quilômetros, o dia permanecia fresco e eu ativo e animado.

Prosseguindo, passei diante de uma igrejinha, depois girei à direita, atravessei um pequeno córrego e segui em ascenso contínuo, dentro de um canavial, por 2.500 m, num trajeto ermo e silencioso, mas intensamente agradável, pois ali estávamos somente Deus e eu.

Finalmente, numa cruzamento, girei à direita e logo passei diante de uma fazenda de gado bovino, a primeira do gênero que eu via naquele dia, uma grata surpresa.

Prossegui, sempre em terreno plano por mais quase 4 quilômetros, quando voltei a desaguar na rodovia asfaltada, já no bairro da Pedra Branca, onde havia algumas casas e um bar em funcionamento.

Ali eu poderia repor meu estoque de água se estivesse carente, o que não era o caso, embora o sol já me agredisse com vigor.

Eu prossegui caminhando ao lado da rodovia por mais um quilômetro, até que adentrei à direita numa estrada de terra descendente que, depois de mais longos 8 quilômetros, me levou a adentrar em zona urbana, próximo do cemitério local.

Eu atravessei toda a cidade e já na estrada do Trabiju, próximo do Auto Posto Trevinho, encontrei a Pousada do Ypê, local onde pernoitei nesse dia.

Então, após demorado banho, por falta de outra opção, eu caminhei mais de mil metros pelo acostamento da rodovia SP-255, para ir almoçar na Churrascaria Gaúcha.

À tarde, após a imprescindível soneca, ainda tive pique para retornar quase um quilômetro e visitar a igreja matriz da cidade, cujo padroeiro é São Sebastião, porém só pude fotografá-la pelo lado externo, pois ela se encontrava fechada.

Algumas fotos do percurso desse dia:

Com o dia claro, trânsito por locais arejados.

Trânsito por um bosque nativo.

Trecho aberto, canaviais a perder de vista.. uma tônica também nessa etapa.

Igrejinha existente no bairro de Ponte Alta.

Depois, quilômetros silenciosos dentro de um canavial.

Surpresa! Gado bovino no pasto, lado esquerdo.

Enfim, um pouco de sombra.

Cana-de-açúcar e Ipês floridos...

Quase chegando, sol forte e poeira...

Cristo Redentor existente na entrada de Boa Esperança do Sul/SP.

No ano de 1887, em território de Araraquara, às margens do rio Boa Esperança, foi formado o Patrimônio da Capela de São Sebastião a pedido de Manoel Jorge de Marins, onde já havia uma pequena capela.

No período de 1850 e 1904 cerca de 209 alqueires foram doados para povoação e agregados ao Patrimônio; os doadores foram: Marcella Martha de Jesus, Joaquim da Costa Sobrinho, Amanicho de Oliveira Sardinha, Antônio José da Motta, Lourenço José de Faria, Maria Rita de Camargo e Joaquim Francisco da Cruz.

Nessa época o lugar ficou conhecido como capela de São Sebastião de Boa Esperança, elevado a distrito de Paz pela Lei estadual nº 336, de 23 de julho de 1895, com o nome de Boa Esperança.

E pela Lei estadual nº 542, de 21 de julho de 1898, torna-se município, se emancipando de Araraquara.

Em 1944, passou a chamar-se Boa Esperança do Sul por determinação do CNG.

População: 14.400 habitantes

Fonte: Wikipédia

A igreja matriz de Boa Esperança do Sul / SP, cujo padroeiro é São Sebastião.

RESUMO DO DIA - Clima: Ensolarado, com sol forte e baixa umidade após às 10 h, variando a temperatura entre 16 e 28 graus.

Pernoite: Pousada do Ypê - Apartamento individual - Excelente! - Preço: R $ 60,00;

Almoço: Churrascaria Gaúcha - Excelente! - Preço: por R $ 25,00 pode-se comer à vontade no sistema de autoatendimento.

AVALIAÇÃO PESSOAL - Uma jornada de grande dimensão, com algumas variações altimétricas importantes e que, talvez, pelo calor reinante naquele dia, me exauriu a energia profunda. Em seu intercurso, o trajeto também é ermo e silencioso em quase toda a extensão. Prevaleceram, como de praxe, os imensos canaviais, mas também observam algumas culturas de laranja e milho. O trecho final, embora em contante descenso, se mostrado deveras cansativo, pois foi percorrido sobre um piso arenoso e de terra fofa, que obstaram sensivelmente meus passos. No global, um percurso difícil e que merece ser estudado com bastante atenção, antes de ser enfrentado pelo peregrino.