7º dia – OSTERIA NUOVA a MONTEROTONDO - 35 quilômetros 

7º dia – OSTERIA NUOVA a MONTEROTONDO - 35 quilômetros

Pense que em qualquer Caminho sempre vai doer alguma coisa, até que você tenha outra coisa que doa mais.” (Carles Mas)

Minha jornada se iniciaria onde eu havia parado no dia anterior, por isso levantei cedo e tomei o ônibus das 5 h 30 min que, depois de 30 minutos de percurso, me deixou em Osteria Nuova, onde dei início à etapa desse dia.

O trajeto que eu envidaria não estava sinalizado, porque eu seguiria um roteiro gravado por um peregrino que nele transitou em 2010 e preferiu caminhar quase diretamente em direção à Roma, evitando trilhas e dando preferência às rodovias, o que não foi de tanto ruim, porque as chuvas do dia anterior, certamente, haviam deixado os caminhos de terra instáveis e alagados.

Dessa forma, primeiramente, eu caminhei na direção Osteria di Nerola, passei por Pitirola, depois, na sequência, adentrei em Acquaviva onde, num bar localizado à beira da rodovia, fiz uma pausa para ingerir um espesso copo de café, pois o dia se mantinha enfarruscado e frio.

Notei, nesse intercurso, uma maior aglomeração de casas e pequenas vilas, certamente, face à proximidade da capital italiana, que incentiva novas urbanizações.

Em algumas localidades vi pessoas se deslocando de carro, apressadas, certamente, em direção ao trabalho.

Prosseguindo, agora sobre terra, transitei por Vigna Grande, depois segui na direção de Osteria Moricone e, em sequência, depois de ultrapassar a Strada della Neve, passei a caminhar pelo interior da Reserva Natural de Macchia de Gattaceca, num trajeto ermo, silencioso e pleno de muito verde.

E quando esta se findou, eu acessei uma rodovia asfaltada e com intenso tráfego de veículos, que me levou até Monterotondo, minha meta para esse dia.

O trajeto, no global, mesclou piso duro com bastante estradas de terra em excelente estado de conservação e seguiu, praticamente, sempre em leve descenso.

O dia se manteve nublado e fresco, e propiciou que eu fizesse uma caminhada tranquila, contemplativa e pudesse aspirar com vigor o ar fresco da exuberante natureza que me rodeava.

Algumas fotos da etapa desse dia:

No início, trânsito sobre piso asfáltico.

Dia claro e fresco.

Trecho ermo, clima enfarruscado. Será que vai chover de novo?

Uma plantação de ....

Campos verdejantes e arejados. 

Quase no final, retorno ao piso asfáltico.

Natureza exuberante. Quase chegando ao destino do dia.

Monterotondo pertence à província de Roma e segundo alguns historiadores, essa povoação é a herdeira da antiga cidade de Sabine Eretum, embora na história moderna ela apareça com tendo sido criada entre os séculos X e XI, em um local diferente.

O nome deriva da corruptela medieval (então, Mons Teres, em seguida, Monte Ritondo) do original Mons Eretum.

Suas principais atrações são o Duomo Barroco (Catedral), a igreja da Madonna delle Grazie, o Palazzo Orsini, incluindo afrescos de Girolamo Siciolante, os irmãos Zuccari e Perin del Vaga (atribuído), e o Museu Arqueológico, com restos de Eretum, Crustumerium e Nomentum.

Pelo fato de estar muito próxima da capital, a maioria de seus habitantes trabalha em Roma e utiliza esse povoação como dormitório, face à tranquilidade e ao ar puro que nela se respira.

População: 41 mil habitantes.

Estátua do Padre Pio, numa praça de Monterondo.

Igreja de Santa Maria Madalena.

Arco de San Rocco, em Monterotondo.

RESUMO DO DIA - Clima: Nublado e frio o dia todo, variando a temperatura entre 5 e 14 graus.

Pernoite: Hotel Albergo dei Leoni – Apartamento individual - Preço: 40 Euros.

Almoço: no restaurante do próprio hotel - Preço: 18 Euros.

AVALIAÇÃO PESSOAL – Uma jornada de grande extensão, com trânsito por locais escassamente povoados, e que apresenta bastante estradas de terra no percurso. Por sorte, o trajeto é sempre em leve descenso, sendo que Monterotondo está situada a 165 m do nível do mar. No global, apesar de sua longa extensão, uma etapa sem grandes dificuldades e que apresenta expressiva beleza em determinados trechos campestres.