7º dia – VALFABBRICA a ASSIS - 15 quilômetros 

7º dia – VALFABRICA a ASSIS - 15 quilômetros

É dando que se recebe... é perdoando que se é perdoado...” (São Francisco de Assis)

Seria a última etapa a ser percorrida nesse roteiro, porém, a Cristina se queixara de intensas dores em seu joelhos e resolveu seguir de carro com a proprietária do hotel, que necessitava ir a Assis no dia seguinte.

Assim, como a jornada seria de pequena extensão, tranquilamente, deixei o local de pernoite às 6 horas, e segui caminhando em direção à saída da cidade.

Como de praxe, chovera durante a noite e, um quilômetro à frente, quando acessei uma estrada de terra ascendente, encontrei muita lama em seu leito.

O trajeto, sempre em forte aclive, perpassa por sendas extremamente íngremes onde, por sorte, nos locais mais clivosos foram instaladas escadarias de madeira, com corrimão lateral e cordas, senão seria impossível sobrepujar tais empecilhos, face à quantidade de lama que encontrei na trilha.

Finalmente, após percorrer 6 quilômetros sob frondoso bosque e exuberante natureza, acabei por chegar ao topo do morro e, a partir daí, por estradas bem definidas e sinalizadas, principiei a descender, ininterruptamente.

E logo o sol apareceu, deixando tudo mais claro e belo.

Sem maiores novidades e quase chegando ao meu destino, por uma ponte eu atravessei um pequeno riacho, depois principiei a ascender por uma estrada asfaltada e logo adentrava em zona urbana.

Prossegui caminhando, agora em leve descenso e logo chegava diante da Basílica de São Francisco, minha meta para aquele dia.

Ali me reencontrei com a Maria Cristina, batemos algumas fotos, depois adentramos à igreja para agradecer a benção de nossa chegada, por obra divina, sem intercorrências graves.

À tarde, após lauto almoço e necessário descanso, fizemos um grande périplo pela cidade e pudemos conhecer seus mais importantes monumentos e igrejas.

Algumas fotos do percurso desse dia:

Início do trecho em terra.. 

Em ascenso pelo interior da mata.

Escadas laterais para auxiliar o peregrino.

Quase chegando ao topo, o caminho se abre.

Uma cruz solitária localizada no topo do morro. 

A belíssima Umbria. Tudo verdejante!

À esquerda e acima, no topo do morro, o Castelo de Assis.

Ainda no caminho, a primeira visão da Basílica de Assis.

Quase chegando, num cruzamento, a estátua de São Francisco.

A primeira visão da Basílica de Assis.

Em Assis, finalmente! Final de mais um Caminho!

Assis está localizada no alto do Monte Subasio e surgiu com a civilização Etrusca, sendo mais tarde conquistada pelos romanos que lhe deram o nome de Asisium.

A pequena cidade, com cerca de 25 mil habitantes, é um labirinto de ruas de pedras com subidas e descidas, com um atuante comércio religioso, bons restaurantes e lindas confeitarias, tudo isso misturado ao burburinho de turistas do mundo todo, peregrinos, padres e freiras dão ar especial a cidadezinha, onde todos os caminhos convergem para a Basílica.

Em 26 de setembro de 1997 a cidade sofreu um grande terremoto que danificou seriamente a Basílica que ficou dois anos fechada para reformas.

Cerca de cinco milhões de pessoas visitam Assis anualmente e a maioria é composta de religiosos e peregrinos do mundo inteiro que vem fazer suas orações na cidade natal de São Francisco e Santa Clara.

A presença de Francisco e Clara se faz sentir por toda a cidade, pois ambos os santos nasceram aqui – Francisco, em 1181, e Clara, em 1193, e aqui estão enterrados, em suas respectivas basílicas.

Ao fundo, a igreja de Santa Clara. 

O Domo que aparece acima, pertence à Basílica de São Rufino.

Isto é Assis... Itália!

RESUMO DO DIA - Clima: Nublado, de manhã, depois ensolarado, variando a temperatura entre 7 e 18 graus.

Pernoite: Hotel Cittadella Ospitalitá - Excelente! – Apartamento individual - Preço: 30 Euros.

Almoço: no restaurante do próprio hotel - Preço: 12 Euros.

AVALIAÇÃO PESSOAL – Uma jornada de pequena extensão, mas de razoável dificuldade em sua primeira parte, toda em ascenso, por conta do excesso de lama que encontrei no leito da senda. Por sorte, nos locais críticos, há escadas e corrimões para auxiliar o deslocamento do peregrino. Finda a parte umbrosa, teve início um contínuo descenso, ladeado por locais de expressiva beleza. O aporte a Basílica de Assis, como todo final de peregrinação, é emocionante e altamente recompensador.