02º dia: BORDA DA MATA a CONGONHAL – 24 quilômetros

Com a nossa autoridade apostólica, concedemos que a Venerável Serva de Deus Francisca de Paula de Jesus, conhecida como 'Nhá Chica', leiga, virgem, mulher de assídua oração, perspicaz testemunha da misericórdia de Cristo para com os necessitados do corpo e do espírito, doravante seja chamada Beata e que se possa celebrar sua festa, todos os anos, no dia 14 de junho, dia de seu nascimento ao céu, nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo direito. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.” (Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos) 

O gentil proprietário do hotel Virgínia nos brindou com o café da manhã às 6 h, de forma que meia hora depois pudemos partir retemperados fisicamente.

Sem muita pressa, deixamos o centro da cidade, caminhamos algum tempo pelo acostamento da rodovia que segue em direção a Pouso Alegre, depois, transitamos por um bairro periférico e percorridos 4 quilômetros, finalmente, adentramos em zona rual, seguindo por uma estrada larga, plana e neblinosa.

Foi um trajeto tranquilo, silencioso e não cruzamos com vivalma até que, caminhados 9 quilômetros, principiamos a ascender, primeiramente, de forma parcimoniosa, depois, em brusca ingremidez.

O clima estava frio e úmido, propício para suplantar tal desafio, de forma que, lentamente, após caminhar 12 quilômetros, chegamos ao topo da montanha, num local situado a 1.112 m, o ponto de maior altimetria dessa etapa.

Ali fizemos uma pausa para descanso, hidratação e, ainda, para admirar e fotografar a espetacular paisagem circundante.

Na sequência, seguimos em brusco descenso até que, mais abaixo, no 14º quilômetro, o percurso se nivelou e prosseguiu em permanente e quase imperceptível descenso, sempre ao lado do Ribeirão São José.

Num percurso, agradável, silencioso e repleto de pequenas chácaras e fazendas, onde o forte era o gado leiteiro e plantações de café.

Em determinado local fomos alcançados por 3 cicloturistas de Guarulhos/SP: Marcos Paglione, Márcio de Godoy e Tikara, grandes feras do pedal, que também seguiam em direção ao Santuário de Baependi/MG.

Foi um encontro saudável entre bicigrinos e peregrinos, que rendeu uma boa conversa e algumas fotos para eternizar tão edificante momento.

O percurso sequente, todo plano, pelos contornos da Bacia do Ribeirão São José, nos levou sem grandes problemas, a adentrar à zona urbana de Congonhal, até prosseguirmos em direção ao local onde pernoitamos nesse dia.

Após o almoço e um bom descanso, seguimos até o centro da simpática localidade, onde pudemos fotografar e visitar a igreja matriz da cidade, cujo padroeiro é São José.

Algumas fotos do percurso desse dia:

Caminho plano, deserto e hidratado: tudo o que o peregrino deseja!

Seguindo em frente...!

A Sônia me acompanha ao longe..

Uma grande recepção à beira da estrada..

Vista desde o ascenso..

Visão desde o topo do morro.

Do outro lado, já em forte descenso.

Encontro de peregrinos x bicigrinos! Marcos Paglione, prazer enorme em conhecê-lo!!

Encontro com as feras do pedal Guarulhense: Marcos, Tikara e Márcio.

Paisagens bucólicas..

Paisagens surreais a nos ladear..

Trecho final, bastante sombreado.

Flores, quase na chegada..

O povoamento histórico da região atualmente ocupada pelo município de Congonhal e municípios vizinhos deveu-se à descoberta do ouro nas minas do Alto Sapucaí.

A povoação de Congonhal teve sua fundação iniciada por paulistas e portugueses em 1756, quando foi construída a ponte sobre o Rio Cervo.

O nome Congonhal deve-se a enorme quantidade do chá congonha, existente onde é hoje a cidade.

No final do século XIX, já existia a capela, a cadeia, além das casas de morada, a casa da escola e o cemitério paroquial.

O distrito conseguia eleger representantes na Câmara Municipal e contava com a presença de Juiz de Paz.

Em 1884, havia 80 Casas construídas, uma escola para o sexo masculino com 20 alunos, um posto do correio, que era visitado pelo entregador de Pouso alegre de seis em seis dias.

O distrito contava com abastecimento de água para a população através de um chafariz construído na Praça.

Em 1930 foi inaugurada a escola mista no distrito de Congonhal, sendo nomeado inspetor escolar o Sr. Tuany Toledo. "São José do Congonhal" continuou crescendo lentamente.

Em 1938 teve sua denominação reduzida para Congonhal.

O município foi criado em 1953, com território desmembrado do município de Pouso Alegre.

A cidade fica aos pés da serra do Cervo, pertencente à serra da Mantiqueira, que atinge 1.473 metros no ponto mais alto.

O município é banhado pelo rio Cervo, afluente do rio Sapucaí, e pelo rio Machado, um dos formadores do lago de Furnas, que possui suas nascentes em terras do município.

Sua altitude média é de 840 metros de altitude (nível do mar) e sua temperatura média anual registrada em 19,2°C.

A economia local engloba a produção agropecuária, com destaque para o cultivo de mandioca e morango.

Sua população em 2010 era de 10.480 habitantes e seu gentílico é congonhalense.

Fonte: http://www.congonhal.mg.gov.br

A  bela igreja matriz de Congonhal/MG.

O interior da igreja matriz de Congonhal/MG.


Mãe Aparecida, a vossa benção e proteção!

RESUMO DO DIA - Clima: Neblinoso no início, depois, ensolarado, variando a temperatura entre 7 e 16 graus.

Pernoite: Hotel Silva - Apartamento individual razoável - Preço: R $ 50,00;

Observação: o local é bastante barulhento, pois está situado à beira da movimentada rodovia MG-459, que segue em direção à cidade de Pouso Alegre / MG. Assim, o ideal é ficar nos quartos situados nos fundos do edifício.

Almoço: Restaurante da Sônia - Ótimo! Preço: por R $ 13,00 pode-se comer à vontade no sistema de autoatendimento.

AVALIAÇÃO PESSOAL - Uma etapa de extensão média e, praticamente, toda plana em seu início. Depois de 9 milhas percorridos, há um desafio razoável a ser superado: uma elevação que apresenta forte ingremidez em sua parte final. A restante do trajeto é em perene descenso, sempre em meio a paisagens idílicas. No global, tirante a superação da serra situada na metade da jornada, um itinerário belo, tranquilo e que apresentou o baixíssimo tráfego de veículos automotores.