10ª Etapa: WENCESLAU BRAZ à PEDRINHAS (GUARATINGUETÁ) – 44 quilômetros

10ª Etapa: WENCESLAU BRAZ à PEDRINHAS (GUARATINGUETÁ) – 44 quilômetros

"Poderosa Novena à Nossa Senhora Aparecida: 10º DIA - Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos quantos não recorrem a vós, especialmente pelos inimigos da Santa Igreja e por todos quantos são a vós recomendados. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!

O percurso inicial seria feito sem mochila e em aclividade constante, de forma que resolvi sair ainda no escuro da madrugada, como forma de agilizar meu aporte ao município de Delfim Moreira.

Assim, levantei às 4 h 30 min, preparei um café na cozinha da Pousada e, às 5 h 30 min, deixei o local de pernoite seguindo à direita, pela rodovia BR-479, que vai em direção à cidade de Piquete/SP.

Duzentos metros depois, eu encontrei uma placa do Caminho, me informando que eu estava a 15 quilômetros do bairro do Charco, meu primeiro objetivo do dia.

Prossegui caminhando e, depois de 1.000 metros, quando passei diante do local onde funciona a Copasa - Águas Minerais de Minas S/A, acessei uma estrada de terra, à direita, que seguiu em leve aclividade.

Depois de mais dois quilômetros, subitamente, um carro parou ao meu lado, seu motorista me perguntou para onde eu esta seguindo, e me ofereceu carona até uns cinco quilômetros à frente.

Era o Sr. Alcides, que estava indo trabalhar numa fazenda situada no bairro Quilombo, e me disse que aquele percurso era bastante sofrido, porque sua ascensão era imensa.

Agradeci-lhe a oferta, mas disse que estava preparado para enfrentar tal desafio, de forma que ele se despediu, me pedindo que eu me lembrasse dele e de sua família em Aparecida.

Lentamente o dia foi clareando e pude me posicionar melhor em relação ao meu destino.

A estrada seguiu com bastante cobertura vegetal, e sempre em meio a grandes fazendas de criação de gado.

Eu seguia animado, aspirando o ar fresco e embalsamado da floresta, de peito aberto, oferecendo a fronte à carícia fresca da brisa provocada pelo deslocamento do ar.

Cinco quilômetros depois, eu passei diante da entrada para o bairro Quilombo, onde avistei uma placa afixada numa árvore, me avisando que ainda restavam 10 quilômetros para a chegada.

Eu prossegui ascendendo em ziguezague, por um trecho bastante empinado, num caminho perfumado, que rescendia o aroma dos pinheirais que me ladeavam.

Mais acima, eu passei diante da Fazenda Paiol, onde existe uma mina de água mineral puríssima, que é comercializada pela empresa BPS.

Sempre em ascensão, transitei diante da Fazenda Campo do Vento, onde visualizei alguns cavalos e muitos carneiros espalhados pela propriedade.

Finalmente, aportei a 1.700 metros de altitude, onde adentrei em um local amplo e descampado, à minha direita, de onde se tinha uma visão privilegiada do grande vale de onde eu viera caminhando.

Um grupo de 5 jovens desmontava algumas barracas e, em conversa com eles, soube que haviam passado a noite ali, e estavam apenas aguardando o nascer do sol, para depois retornar ao lar.

Fiz algumas fotos do local, depois prossegui meu périplo

A partir desse marco, eu passei a descender lentamente, e logo avistei, do meu lado esquerdo, uma pequena gruta, diante da qual existe uma fonte de água cristalina que nasce na serra.

Naquele local, existe uma singela construção, dentro da qual está exposta uma bela imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Eu não estava sedento, mas por curiosidade, provei do puro e frio líquido, um refrigério para meu organismo.

Depois, prossegui adiante e, às 8 h 20 min, eu adentrei ao bairro do Charco, cuja sede é a cidade de Delfim Moreira/MG.

Ali, há uma Pousada de propriedade do casal Nair e Luciano, que também hospeda romeiros e peregrinos.

Eu passei um grupo de casas, girei à esquerda na estrada principal, transitei diante do caminho da estrada que segue em direção à famosa Fazenda da Onça, e logo cheguei defronte à igrejinha que ali existe.

Bairro do Charco, em Delfim Moreira/MG

Enquanto aguardava a chegada do táxi, fiz uma pausa restauradora, para ingerir uma banana, enquanto conversava com um morador local.

O dia se apresentava fechado, escuro e frio, estávamos talvez com uns 13 graus de temperatura, mas me garantiu o senhor Júlio que ali, no pico do inverno, já houve temperaturas negativas, inclusive, com queda de neve.

Na verdade, o lugar está localizado a 1.720 m de altitude, bem no coração da maravilhosa serra da Mantiqueira, e ali há uma expressiva criação de trutas e salmão, com venda de congelados.

Eu percebia nuvens escuras em movimentos céleres pelo céu, e fiquei temeroso de alguma tempestade iminente, mas o Sr. Júlio disse que, efetivamente, havia previsão de chuva para aquele dia, mas apenas no período da tarde.

A Célia e o motorista Toinho, gente finíssima

Mais tranquilo, eu me dirigi para a parte de trás da igrejinha e, às 8 h 30 min, conforme o combinado, chegou o Sr. Toinho, dirigindo seu indefectível fusca, trazendo a Célia e a minha mochila.

Rapidamente, ela pagou o valor acordado ao motorista, bateu uma foto ao seu lado, nos despedimos efusivamente daquela boa alma, dobramos à direita, e reiniciamos a caminhada.

E logo chegamos diante de uma bifurcação: para a esquerda seguem os romeiros/peregrinos que estão a pé, de bicicleta, a cavalo ou de motocicleta, isto se o dia não estiver chovendo ou próximo do escurecer.

Bifurcação, à esquerda segue quem está a pé, etc..

Para a direita, devem seguir os jipes ou carros 4 x 4, para um percurso mais longo, pois acresce 13 quilômetros a mais, do que o outro ramal.

Porém, após a passagem pelo Horto Florestal de Campos do Jordão, já próximo da Pousada Santa Maria da Serra, os roteiros voltam a se unir.

Observando o firmamento, fiquei receoso, pois o céu estava enfarruscado, e nuvens escuras rolavam no horizonte, prenunciando aguaceiro.

Então, um tanto apressados, seguimos à esquerda, e logo acessamos uma senda úmida, localizada em meio à mata fechada, que foi se estreitando e internando num imenso bosque.

No chão, inúmeros montes contendo fezes de equinos, denunciavam que recentemente havia passado um grande grupo de cavaleiros por aquele local.

Também, em alguns trechos era possível visualizar profundas marcas de pneus, sinal de que um grupo de moto-trilheiros havia percorrido aquele traçado há poucos dias.

Caminhamos concentrados, interagindo com o silêncio da natureza, apenas quebrado pelo canto diversificado dos passarinhos numa verdadeira sinfonia campestre.

A trilha seguiu fresca e, em alguns locais, bastante úmida, em meio à floresta, e nos breves espaços que se abriam ao nosso olhar, permitiam enxergar, ao longe, as belezas das pastagens verdejantes e dos pinheiros solitários, típicos dos campos de altitude.

O roteiro seguiu sempre plano, serpenteando entre grandes árvores, até que, depois de 3 quilômetros, passamos a caminhar dentro de um grande descampado.

Início do primeiro aclive em direção ao coração da Serra da Mantiqueira

Uns duzentos metros depois, defronte à uma imensa e solitária árvore, as flechas nos remeteram à direita, em direção ao topo de um morro.

Naquele local, iniciou-se o ápice de nossa aventura.

Segui à frente, e lentamente fui vencendo a terrível ascendência, fazendo pausas para respirar e, aproveitando para admirar a paisagem que ia se descortinando à minha retaguarda.

Depois, de um esforço supremo, eis que aportei ao cume do morro, onde aproveitei para fazer uma parada para hidratação, descanso, e bater algumas fotos.

O cenário que se descortinava à minha frente era inesquecível, com cores de encantar os olhos, e eu raramente tinha visto as tonalidades da paleta de um pintor, tão harmoniosamente combinadas.

A visão era tão esplêndida, que neste instante, qualquer viajante como eu estaca no lugar, instintivamente, esquece a hora, e como que dobra o joelho diante da natureza deslumbrante, com suas maravilhosas magnificências, e no santuário de sua consciência, levanta altares a Deus.

A Célia logo chegou, também bateu algumas fotos, na sequência, prosseguimos adiante, por uma trilha matosa, que depois voltou a serpentear por um local campestre e arejado.

Mais adiante, iniciou-se outra severa elevação, desta vez por um caminho bem delineado, que fora limpo e alargado recentemente.

Depois que acessei o cume, caminhei alguns metros num pequeno planalto, cercado pela natureza virgem e intocável, num local de impressionante beleza, pelos mais vários tons da cor verde que se pode imaginar.

Na verdade, eu estava caminhando ao lado da exuberante mata atlântica nativa da Serra, com suas belíssimas araucárias, aspirando o cheiro, ouvindo o som da mata e das águas, e visualizando um horizonte sem fim, verde e azul.

E, nesse ponto específico, eu ultrapassei a divisa dos Estados, deixando Minas Gerais para trás, e adentrando novamente em São Paulo.

Na realidade, neste local, a 2.000 metros de altitude, encontra-se o ponto culminante do Caminho de Aparecida, situado em pleno coração da serra da Mantiqueira, um lugar preservado e, ainda intocado pelo homem.

Na sequência, principiei a descender por um caminho largo, bastante úmido e liso, o que me forçou a tomar extremo cuidado, sob o risco de escorregar e ir ao chão.

Mais abaixo, por uma ponte eu atravessei um ribeirão, passei diante de uma das muitas entradas que dão acesso à Fazenda Lavrinhas, depois, pela terceira vez, enfrentei outra íngreme elevação.

Talvez pelo adiantado da hora e face o cansaço acumulado na jornada, me pareceu esta a pior e mais aguda de todas.

E, estava caindo uma chuva miúda, pouco mais do que uma neblina.

Mas, o desconforto era compensado pela vista maravilhosa do vale lá embaixo, se descortinando a medida que eu ascendia.

Finalmente, depois de 8 quilômetros vencidos, a duras penas, eu saí da estrada de Pedrinhas, onde uma placa me avisava que eu estava a 12 quilômetros da Pousada Santa Maria da Serra.

Alguns minutos mais tarde, a Célia também aportou àquele local, e fizemos um breve balanço de nossas condições físicas, em face da agudeza vivenciada nesse trecho específico.

 

Início da Estrada de Pedrinhas/SP

O nome Mantiqueira se origina do tupi-guarani, e significa “serra que chora”, assim denominada pelos índios que habitavam a região, devido à grande quantidade de nascentes e regatos encontrados em suas encostas.

Seu nome já indica a sua grande importância como fonte de água potável, e seus rios abastecem um grande número de importantes cidades do Sudeste.

São seus riachos que formam o rio Jaguari, responsável pelo abastecimento da região norte da Grande São Paulo, o Rio Paraíba do Sul, que corta uma região densamente habitada e altamente industrializada, e o rio Grande que irá formar o maior complexo hidroelétrico do país.

É nela também que estão localizadas as mais afamadas fontes de águas minerais do país, nas regiões de Poços de Caldas, Caxambu e São Lourenço, em Minas Gerais, bem como Campos do Jordão e Águas da Prata, em São Paulo.

A Serra da Mantiqueira integra o ecossistema da Mata Atlântica que possui uma das maiores biodiversidades do planeta.

Apesar da ocupação das terras, principalmente para a exploração da pecuária, existem ainda regiões de mata muito bem preservadas onde encontramos uma impressionante variedade de árvores como o jacarandá, cedro, canjerana, guatambu, ipês, canela, angico, jequitibá, e também a araucária (ou pinheiro-brasileiro) e o pinheiro-bravo, típicos do clima tropical de altitude.

Este também é o habitat ainda hoje de uma fauna variada, onde se destacam: o veado campeiro, o lobo-guará, a onça parda, o cachorro-vinagre, a jaguatirica, a paca, o bugio, o macaco sauá, o mono, o esquilo e o ouriço caixeiro.

E entre as aves, a gralha-azul, o tucano, a maritaca, o inhambu, o jaçanã, a seriema e o gavião carcará. 

Isto, numa região que no ponto mais próximo, dista apenas 100 quilômetros da cidade de São Paulo.

 

"Mantiqueira que Chora"

Conta a lenda que havia uma princesa encantada da Brava Tribo Guerreira do Povo Tupi. Seu nome o tempo esqueceu, seu rosto a lembrança perdeu, só se sabe que era linda. Era tão linda que todos a queriam, mas ela não queria ninguém. Vira homens se matarem por vê-la. Tacapes velozes triturando ossos, setas certeiras cortando carnes. Como poderiam amá-la se não amavam a si próprios? A Bela Princesa se apaixonou pelo Sol, o guerreiro de cocar de fogo e carcás de ouro, que vivia lá em cima, no céu, caçando para Tupã.

Mas o Sol, ao contrário de tantos príncipes, não queria saber dela. Não via sua beleza, não escutava suas palavras nem se detinha para tê-la. Mal passava, cálido, por sua pele morena, sua tez cheirando a flor, mal acariciava seus pelos negros, suas pernas esguias e, fugaz, seguia impávido a senda das horas e das sombras. Mas ela era tão bonita que, seus pequenos túrgidos seios, seus lábios de mel e seiva, sua virginal lascívia acabaram também encantando o Sol. E o Guerreiro de Cocar de Fogo fazia horas de meio-dia sobre o Itaguaré...

A Lua mal surgia sobre a serra, já sumia acolá. Logo, não havia noite. O sol não se punha mais e não havia sono, não havia sonho, e tão perto vinha o Sol beijar a amada que os pastos se incendiavam, a capoeira secava e ferviam os lamaçais... De tênues penugens de prata, plumas alvas de cegonha-açu, a Lua viu que estava ameaçada por uma simples mulher. O Sol, que na Oca do Infinito já lhe dera tantas madrugadas de prazer, tantas auroras de puro gosto, apaixonara-se por uma mulher... E de tanto que Tupã quis saber o que era, que a Lua, cheia de ódio, crescente de ciúme, minguando de dor, se fez um novo ser de noite-sem-lua e foi contar tudo para Tupã. Como uma simples mulher ousou amar o Sol? Como o Sol ousou deter o tempo para amar alguém? Que ele nunca mais a visse! Mas o Sol tudo vê!... Tupã ergueu a maior montanha que existia lá e, dentro, encerrou a Princesinha Encantada da Brava Tribo Guerreira do Povo Tupi.

O Sol, de dor, sangrou poentes e quis se afogar no mar. A Lua, com a dor de seu amado, chorou miríades de estrelas, constelados e prantos de luz. Mas nenhum choro foi tão chorado como o da Princesinha, tão bela, que nunca mais pôde ver o dia, que nunca mais sentiria o Sol... Ela chorou rios de lágrimas, Rio Verde, Rio Passa-Quatro, Rio Quilombo, rios de águas límpidas, minas, fontes, grotas, ribeiras, enchentes, corredeiras, bicas, mananciais. Seu povo esqueceu-se de seu nome, mas chamou-a de Amantigir, a "Serra-que-chora", Mantiqueira, a montanha que a cobriu... Conta a lenda que foi assim... (Trecho da peça "A Fantástica Lenda de Algure")

 

Iniciou-se, então, um trajeto agradável, situado no topo da serra, por uma estrada que serpeava, algumas vezes, dentro de grandes valetas ocasionadas pela erosão.

Quase imediatamente, adentramos numa região de campos abertos, onde imensas pastagens estendiam-se dos dois lados do trajeto.

Mais quatro quilômetros vencidos em boa marcha, nós transitamos dentro de uma grande propriedade, cuja atividade principal é a criação de carneiros.

E onde, inclusive, foi necessário aguardar um funcionário abrir um grande portão, a fim de permitir nossa passagem pelo local.

Na sequência, caminhamos ainda mais 6 quilômetros até, finalmente, chegar no “Ponto de Encontro”, o local onde as duas variantes se unem novamente.

Mais dois quilômetros vencidos, nós passamos diante da Pousada Santa Maria da Serra, um bom local para pernoite, embora não tivéssemos feito reserva.

Fizemos ali uma pausa restauradora, enquanto repensávamos nosso destino para aquele dia.

O clima se mantinha frio, nuvens escuras se movimentando pelo céu, e já caia uma tênue garoa.

Fisicamente, eu me sentia bem e animado, a Célia também, assim, decidimos seguir adiante, agora em franco descenso, até o bairro Gomeral.

Já descendendo, fomos surpreendidos pela chegada de uma forte cerração, que deixou a estrada sob o manto de uma névoa branca, podendo eu ver, com muita dificuldade, a uns 5 metros de distância.

Na verdade, a paisagem ao redor estava tão obscurecida, que eu tinha a impressão de que qualquer coisa podia emergir de repente da neblina, de um boi extraviado a um carro em maluca velocidade.

Calmamente, fui vencendo as dificuldades, tomando cuidado para não escorregar nas pedras soltas existentes no leito da pista e, às 15 horas, eu fiz uma parada no Restaurante Tao do Gomeral, localizado no bairro homônimo, para ingestão de uma bebida energética.

A Célia chegou também logo depois, reclamando de uma dor aguda em seu joelho esquerdo.

Vista da serra, desde o Bairro Gomeral

Nossa intenção era pernoitar na Pousada de Dona Ana, contudo eu estava me sentido bem e, num ato de bravura da minha companheira, resolvemos prosseguir adiante.

Porém, quase no final da jornada, a chuva que vinha ameaçando cair a tempos, finalmente desabou com força, nos obrigando a fazer uma parada emergencial, para vestir nossos ponchos impermeáveis.

Assim, debaixo de uma impertinente garoa seguimos em frente e, às 17 horas, ensopados e esfomeados, mas realizados, aportamos à Pousada do Sr. Agenor, já no distrito de Pedrinhas, onde fomos muito bem recepcionados.

E, atendendo ao convite do anfitrião, eu adentrei ao galpão do bar, enregelado, e com os pés chocalhando nas águas das botas encharcadas.

Com o Sr. Agenor e dona Maria, pessoas amabilíssimas

Ali, fomos recompensados pela amabilidade, carinho e amizade fraterna, externadas pelo Sr. Agenor e sua esposa, dona Maria, que de tudo fizeram para que nós nos sentíssemos em casa.

E depois de jantar regaladamente, fomos convidados à adentrar na residência do casal, para a assistir ao jogo válido pela Final da Copa das Confederações, que se realizava em nosso país, entre o Brasil e a Espanha.

Contudo, extremamente exaurido, eu recusei o convite e prudentemente me recolhi, pois o dia fora realmente desgastante e de grande superação.

 

IMPRESSÃO PESSOAL – Uma jornada longa, cansativa e com extremas variações altimétricas. No entanto, com trânsito pelo “coração” da serra da Mantiqueira, um trecho excepcionalmente belo, e onde a natureza se encontra integralmente preservada. No global, necessário vencer forte altimetria ascendente até aportar à Estrada de Pedrinhas. E depois, da Pousada Santa Maria da Serra, o perfil se inverte, sendo necessário muito cuidado e atenção para enfrentar o brusco descenso em direção ao distrito de Pedrinhas.

11ª Etapa: PEDRINHAS (GUARATINGUETÁ) à APARECIDA – 22 quilômetros