06º dia: VILA REAL à VILA POUCA DE AGUIAR – 31.350 metros

06º dia: VILA REAL à VILA POUCA DE AGUIAR – 31.350 metros

“São como loucos. Avançam o tempo todo, sem parar. Por que vão adiante? Não sei. Eles só vão. Em busca do que? Não sei... Mas, não faça mais perguntas. Eu também sigo adiante, sem parar, porque sou forte na trilha”. (Jack London)

O dia estava amanhecendo ao redor das 6 h 30 min, e foi nesse horário que deixei o local de pernoite.

Primeira flecha do dia, localizada numa calçada.

Na sequência, transitei diante da rodoviária local e logo reencontrei a primeira flecha amarela do caminho, pintada no piso de uma calçada fronteiriça.

Em face da garoa noturna, o clima se encontrava frio e neblinoso, de forma que, mais acima, onde uma rua estava sendo revitalizada, as marcações misteriosamente desapareceram.

A única pessoa que avistei trabalhando no entorno foi um gari, e foi com ele que conversei.

Porém, ele afirmou desconhecer o Caminho e as flechas, de forma que fiquei indeciso sobre o que fazer ou para que lado marchar.

Nessas horas agudas, sempre aparece um anjo para nos salvar, e ele se materializou na forma de uma jovem que passeava com seu cão.

Ela também disse não conhecer o roteiro, mas afirmou se lembrar de que em uma quadra, à minha esquerda, havia, com certeza, uma seta amarela estilizada sobre o fundo azul, a marcação oficial do CPI.

Agradeci-lhe pela informação, girei à esquerda, atravessei um conjunto habitacional e, após transitar diante de uma capela, encontrei a benfazeja flecha sinalizadora.

Fica aí a dica, pois está afixada num poste, defronte ao Supermercado Pingo Doce, em local de fácil acesso.

A partir daí, o caminho seguiu estupendamente bem sinalizado e não me perdi, nem tive mais dúvidas até o final da jornada.

O caminho em descenso, passa, mais abaixo, sob a N2.

Já deixando a zona urbana, eu segui em descenso, passei sob a rodovia N2 por um viaduto e, mais adiante, observando a sinalização, segui à direita, em direção aos povoados de Borbela e Ferreiros.

Uma grande montanha me acompanhou o tempo todo pelo lado esquerdo.

Pela esquerda, existia uma grande montanha a me ladear, e fiquei imaginando se iria transpô-la em algum local, pois não confiava no mapa altimétrico que levava, disponibilizado no site do CPI e que era vago sobre esse pormenor.

Finalmente, adentrei em terra.

Ainda caminhando em piso asfáltico, lentamente fui me afastando da civilização e, depois de 6 quilômetros vencidos em bom ritmo, adentrei em uma estrada de terra.

Então, transitei um bom tempo por frondoso e silencioso bosque, um bálsamo para meus sentidos.

Transitando por Vila Seca.

Mais adiante, retornei a zona urbana, e passei por Vila Seca, uma minúscula aldeia, mas como o site do CPI não menciona por quais locais transitaremos, inclusive, se encontraremos comércio, bar, ou mesmo fonte de água, caminha-se integralmente no “escuro”, como no meu caso.

Ocorre que o tempo estava fechando e assim que ultrapassei uma pequena capela, principiou a chover, o que me obrigou a fazer uma pausa extemporânea, objetivando proteger a mochila e vestir minha capa de chuva.

Nesse trecho, em Escariz, o caminho segue à beira da N2.

Ainda passei por mais dois pequenos povoados, Gravelos e Escariz, que estão praticamente interligados, depois as flechas me levaram a transitar ao lado da N2, quando eu já havia percorrido aproximadamente 9 quilômetros.

Aqui as flechas me encaminharam para a direita.

Uns mil metros à frente, próximo de uma placa que dizia “Campo de futebol – Mão de Homem”, as flechas me encaminharam para a direita, em direção a uma senda matosa e deserta.

Segui descendo com muito cuidado, pois o mato estava alto e eu não conseguia ver onde pisava.

Trilho matoso, onde se deu o encontro com a cobra, um pouco mais abaixo.

Uns quinhentos metros abaixo eu ultrapassei um riacho por uma lage e, repentinamente, estaquei estarrecido.

Bem à minha frente, a 1 metro de distância, horrorizado, avistei uma enorme cobra enrodilhada, cujo diâmetro beirava a grossura de meu braço.

Imediatamente, um frisson percorreu minha espinha, a nuca e os braços.

Por alguns segundos permaneci assim, paralisado por um halo mágico e verdadeiro, que me anestesiou os sentidos e o pensamento.

A vereda por onde eu caminhava tinha, no máximo, dois metros de largura, mas, regredir, nem pensar.

Ademais, nem me passou pela cabeça fotografar o horripilante ofídio.

Ao revés, salvou-me o instinto de preservação, pois, o momento era de intensa adrenalina e minha reação foi automática, qual seja, saltei por cima da víbora e prossegui correndo, agora em ascendência.

Início das pedras. Foi aqui que parei de correr...

Na verdade, meus pés “criaram asas”, e só parei uns 100 metros depois, quando o piso se tornou empedrado.

Ali fiz uma pausa para me recompor, onde principiei a tremer de nervosismo, pois minha pulsação atingira níveis de estresse, porquanto, e se eu não tivesse avistado o animal, ou o pisoteasse, o que poderia ter me acontecido?

Por sorte, meu Anjo da Guarda e Santiago estavam de plantão e me salvei sem maiores sequelas.

Mas, este foi, com certeza, o maior susto que passei no Caminho Português Interior.

Prosseguindo, mais acima, transitei pelo pequeno povoado de Abegondo, onde também não avistei vivalma.

Belíssimo oratório.

E depois de transitar diante de uma belíssima igrejinha, onde estava entronizada a imagem de Nossa Senhora de Fátima, as flechas me encaminharam novamente para o acostamento da N2.

Então, fica aqui uma dica: Talvez seja o caso de se evitar essa perigosa trilha e seguir direto pela rodovia que, mais acima, após Abegondo, o peregrino se reencontrará com as flechas do Caminho.

Bem, prosseguindo, caminhei ainda uns 3 quilômetros em asfalto, sempre em aclive, até que, numa rotatória, as flechas me encaminharam para a direita, agora já em brusco descenso.

Eu estava preocupado, pois até aquele local, metade da jornada, embora o clima se mantivesse fresco, eu não encontrara nenhum bar e nem mesmo uma fonte de água potável.

Sabia que em breve eu acessaria um caminho deserto, onde não haveria possibilidade de me abastecer do precioso líquido, e a garrafa que eu portava, já estava pela metade.

Prosseguindo, mais abaixo, eu adentrei em Vilarinho de Samardã, outra minúscula aldeia, mas, surpreendentemente, de projeção nacional.

Posto que, logo na entrada da simpática vila, passei diante de um enorme pé de eucalipto onde existiam 2 placas nele afixadas.

O famoso eucalipto de Vilarinho.

A primeira dizia: “Árvore plantada em 1913, por Padre Luís Castelo Branco”.

Uma placa fala sobre a visita de Cavaco Silva, em 1994.

A segunda, assim se expressava: “Em 01 de julho de 1994, Sua Excelência, o Primeiro-Ministro Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, visitou Vilarinho de Samardã”.

Eu desconhecia a importância dessa povoação, lacuna que foi sanada após pesquisas que fiz posteriormente na internet.

Na verdade, foi nesse pequeno vilarejo, situado na margem direita do rio Corgo, que o eminente escritor Camilo Castelo Branco (1825-1890) passou, na residência de sua irmã, segundo ele mesmo, os “primeiros e únicos felizes anos da mocidade”.

A casa está indicada com uma placa e é, ainda hoje, morada de familiares do escritor.

Ainda, segundo li, junto à igreja local, várias placas lembram a família Castelo Branco e o Padre Antônio José de Azevedo, irmão do cunhado de Camilo e seu mestre.

Fonte onde me hidratei.

Bem, eu passei diante de um bar, que estava fechado, no entanto, quase deixando a povoação, encontrei uma fresca fonte de água potável, e nela pude matar minha sede, bem como me prover do precioso líquido.

Caminho perigoso, em duro descenso.

Segui, então, em desabalado descenso, por um trilho empedrado e perigosíssimo, vez que um leve escorregão ou um passo mal dado, poderiam ocasionar uma queda brusca e fatal.

Nessas horas o cajado é um amigo imprescindível.

Ponte sobre o rio Corgo.

Já no plano, ultrapassei o rio Corgo por uma ponte metálica e, já do outro lado, enfrentei um forte ascenso, na verdade, o único dessa jornada.

Paisagem colorida no entorno.

Mas a estrada ascendeu em meio a luxuriante vegetação e, quanto mais eu subia, melhor a vistão que se descortinava do entorno.

Finalmente, já no topo, acessei uma estrada plana, na verdade, um rasgo longitudinal, localizado a meia altura da montanha, por onde antigamente corria o trem.

A antiga estação de trem de Samardã, hoje em ruínas.

Próximo dali, pude fotografar a antiga estação de Samardã, hoje em ruínas.

Bem, seguindo a sinalização, eu girei à esquerda, e segui escoteiro por uma estrada silenciosa, onde o único som que se ouvia era o gorjeio dos pássaros e o sussurrar da brisa.

Caminho plano e silencioso.

A pista retilínea, plana, localizada, em alguns locais, entre paredes rochosas, me levou a transitar por um dos locais mais ermos do CPI.

Tratava-se, na realidade, da Linha do Corgo, uma estrada férrea desativada, que unia as localidades de Chaves e Régua, em Portugal.

Um percurso imperdível, um dos mais bonitos de todo o CPI.

Ela foi inaugurada em 12 de Maio de 1906, com a chegada do comboio a Vila Real, e concluída a 28 de Agosto de 1921, com seu aporte à Chaves.

O trecho entre Vila Real e Chaves foi encerrado em 1990, enquanto que a ligação entre a Régua e Vila Real foi desativada em 25 de Março de 2009, sendo totalmente encerrada pela Rede Ferroviária Nacional, em Julho de 2010.

Muitas pedras do lado esquerdo do caminho.

Ocorre que com essa desativação, os trilhos foram retirados e, para ocupar esse espaço livre e privilegiado, foi criado a Ecopista do Corgo, que se inicia na cidade de Peso da Régua, segue até Chaves, com mais de 90 quilômetros de extensão, e que futuramente será uma ciclovia.

No momento, porém, apenas uma parte dela está em funcionamento, resultado da recuperação da antiga linha ferroviária que liga Vila Real a Vila Pouca de Aguiar.

Nela é vedado a utilização de veículos, sendo permitido apenas a circulação a pé, de bicicleta e a cavalo.

A sinalização nesse trecho está perfeita.

Seu piso é de saibro e a sinalização vertical.

É assim que o Caminho Interior Português progride durante alguns quilômetros, até Vila Pouca de Aguiar, sempre com o rio que dá nome à linha, ao alcance dos olhos do peregrino, pelo seu lado esquerdo.

Ali não existe comércio e nem local para abastecimento de água.

Flores e rochas, uma constante nesse trecho.

O entorno, contudo, é maravilhoso, com vegetação exuberante, onde a primavera dava seu toque, com muitas flores e intenso verde.

Em alguns locais, por conta dos rochedos, o caminho faz leves curvas, mas sua planura é infindável.

Ruínas situadas à beira do caminho;

Quando o “comboio” (trem, em Portugal) transitava por aqui, havia pessoas que residiam próximo das estações, mas ao passar por esses locais, só encontrei escombros dessas habitações.

Após a cancela, início da ciclovia.

Depois de aproximadamente 5 quilômetros percorridos em imensa solidão e tranquilidade, transpus pequena cancela e adentrei numa ciclovia, onde o piso era cimentado.

A ciclovia é imensa mas, não avistei nenhuma bike em toda a sua extensão.

Ali, fiz uma pausa para hidratação e ingestão de uma barra de chocolate, e aproveitei também para retirar a capa de chuva, pois a intempérie se fora definitivamente.

Retão a perder de vista.

Depois prossegui em frente, e as imensas retas que se abriam a minha frente, desafiavam minha visão, pois pareciam intermináveis.

Esse foi um dos trechos mais memoráveis desse roteiro, lembrando que não encontrei ninguém nesse percurso solitário.

Vila de Tourencinho.

Dois quilômetros depois, passei pela pequena vila de Tourencinho.

Caminho bucólico, entre pastagens.

Logo em seguida voltei a transitar em terra, agora em meio a campos de pastagens caprichosamente divididos, e separados por pequenos muros de pedra.

Em alguns espaços verdes, visualizei rebanhos de ovelhas e vacas.

Nesse tramo, os muros passaram a ser de granito.

O caminho prosseguiu um bom tempo nesse diapasão, porém, mais adiante, as partes frontais dos terrenos passaram a ser feitas com pedras de granito, uma obra recente, como pude perceber.

Belíssima macieira em flor.

No entorno, muitas árvores floridas davam o toque festivo ao caminho.

Prosseguindo, depois de mais três quilômetros percorridos entre muito verde e paz, retornei à ciclovia, enfrentando, novamente, enormes espaços vazios e retilíneos.

Depois, voltei a transitar pela ciclovia.

De se ressaltar que esse trecho está muito bem sinalizado e em nenhum momento corri o risco de me perder.

Mais alguns quilômetros vencidos em bom ritmo, passei pelo prédio que abrigava a antiga estação ferroviária de Parada de Aguiar, onde hoje funciona uma oficina mecânica.

A antiga estação de Parada de Aguiar.

A cidade fica à direta, junto a um pequeno outeiro, e o site do CPI diz que ali existe um albergue de peregrinos.

Porém, como ele está situado distante do Caminho, não tive condições de observá-lo, nem saber se nessa pequena vila existe comércio.

Ali, um senhor bastante simpático, ao saber do meu destino, disse que eu estava a 4 quilômetros de atingir o meu objetivo do dia.

Puxou conversa e ficamos uns 15 minutos papeando, ele me sabatinando sobre as etapas pretéritas e minhas expectativas quanto ao futuro.

O sr. Jorge era aposentado mas tinhas mãos de trabalhador – grandes, nodosas e possantes – que pontuavam suas frases com gestos enérgicos e elegantes.

Logo nos despedidos, mas antes ele me deu alguns conselhos, bem como discorreu sobre temas que me deixaram um tanto dividido e confuso.

Dentre outros, disse-me ele: vocês no Brasil podem se dar ao luxo de ter pobres, pois lá, país tropical, um calção é vestuário suficiente para enfrentar o clima, enquanto nessa zona nós não temos esse privilégio, pois aqui o frio mata.

Caminho longilíneo, a perder de vista..

Bem, seguindo adiante, transitei sob a Autovia Nacional, prossegui em franco progresso e, finalmente, adentrei em zona urbana.

Adentrando em Vila Pouca de Aguiar.

Ali segui as flechas amarelas em direção ao Residencial Califa, situado à beira do Caminho, indicação do meu amigo Aurélio, mas o encontrei fechado e em reformas.

Então, me dirigi ao Hotel Europa, próximo dali onde, por 25 euros, fiquei alojado num quarto de grandes dimensões e extremamente confortável, um dos mais luxuosos em que me hospedei nesse Caminho.

Para almoçar utilizei os serviços do restaurante do próprio hotel, onde desfrutei de um estupendo “menú del dia”, que incluía além de dois pratos, o de entrada e o principal, água, vinho, pão, sobremesa, café, etc.. Tudo isto, por 9 euros.

Hotel Europa onde me hospedei nesse dia.

Conhecida nos primórdios da nacionalidade como as terras de Aguiar de Peña, nome tirado do velho castelo roqueiro com a mesma designação, ou seja, da Peña, assente num penedo colossal, que seria uma das referências da região, com o nome de Aguiar adivinha-lhe do facto de ser um povoado de águias.

Delimitada a norte pela terra de Chaves e Montenegro, a leste e sul pela terra de Panoias e a ocidente pelas terras de Bastos, a ocupação humana deste território, remonta à época megalítica, muito anterior à ocupação romana, como testemunham as várias, antas, mamoas, sepulturas e o espólio arqueológico encontrado em vários locais, principalmente na serra do Alvão.

Nos finais do século III a.C., começa a colonização romana do território atualmente português.

Posteriormente, e até a fundação do reino de Portugal, este território foi sucessivamente ocupado por Suevos, Visigodos e Muçulmanos.

Após a criação do Reino, é atribuído o primeiro foral à Terra de Aguiar de Pena pelo Rei D. Sancho I, em 1206.

A antiga estação que deu origem à cidade.

Em meados do século XIX as reformas administrativas efetuadas ao nível autárquico, deram a atual configuração ao município.

A cidade conta atualmente com 3.300 habitantes.

Talvez seu ponto de maior visitação e fama seja o Castelo de Aguiar de Peña e o seu Centro Interpretativo.

Trata-se de um singular castelo roqueiro, cujas origens remontam aos sécs. IX/ X.

Curiosa escultura existente numa das ruas da cidade.

As inquirições de 1220 referem uma fortaleza em funcionamento, que poderia integrar residência senhorial.

Intervenções recentes facilitaram os acessos, implementando-se, no ponto mais alto, um miradouro sobre o Vale de Aguiar.

O local está integrado na Rede Municipal de Percursos e inclui estacionamento e sanitários.

Mais tarde, após merecida soneca, fui até a Oficina de Turismo carimbar minha credencial.

Igreja matriz de Vila Pouca.

Em seguida, fiz uma visita à igreja matriz da cidade, construída em estilo moderno e localizada ao lado da praça central, dedicada ao sagrado coração de Jesus.

Depois, dei um grande giro pela simpática povoação, podendo fotografar algumas ruas e monumentos.

Marco do CPI em Vila Pouca de Aguiar.

Também, próximo da Prefeitura Municipal encontrei o marco do Caminho Português Interior, onde estava escrito que restavam “apenas” 245 quilômetros até Santiago.

Tive tempo ainda de localizar por onde eu iniciaria minha jornada no dia seguinte.

No retorno ao local de pernoite, pude fotografar a antiga estação ferroviária de Vial Pouca de Aguiar, hoje transformada em Casa de Cultura.

Prefeitura Municipal de Vila Pouca.

Conversando à noite com o proprietário do hotel onde eu estava hospedado, contei-lhe o episódio da grande cobra que havia visto no caminho.

Ele, então, me tranquilizou dizendo que as serpentes europeias, mormente as portuguesas, não são tão letais quanto aquelas encontradas em nosso país, como a jararaca ou a surucucu, por exemplo.

Ademais, elas passam o inverno hibernando e na primavera ficam ainda letárgicas ou abobadas, principalmente, quando estão trocando a pele.

Isto me tranquilizou até certo ponto, contudo confesso que não estava preparado para tão infausto “encontro”.

Que, certamente, me deixou um tanto traumatizado por alguns dias, sobretudo, quanto necessitava acessar trilhas matosas.

A antiga estação de trem, vista desde a janela de meu apartamento no hotel.

IMPRESSÃO PESSOAL: Uma etapa de razoável extensão, porém extremamente agradável, sendo seu ponto alto o “passeio” pela Autopista do rio Congo, um local plano, extremamente belo e agreste. A lamentar, apenas o susto que levei no meu encontro com a víbora, à beira do rio. No global, um trajeto vivenciado em meio a exuberante natureza em quase toda a sua extensão. Ressalte-se, por oportuno, que a sinalização nessa jornada está perfeita, impossível se perder.

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