5º dia: SANTA ROSA DO VITERBO a TAMBAÚ - 39 quilômetros

5º dia: SANTA ROSA DO VITERBO a TAMBAÚ - 39 quilômetros

"Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. A mãe do Mundo, a Mãe de todos, a Mãe do idoso ao infantil . É a nossa Estrela, a nossa Luz, a nossa Mãe, a nossa Vida . Ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida."

A etapa do dia seria longa e, até onde me lembrava, com poucos locais para reabastecimento de água.

Por isso, apesar do frio reinante, mas cônscio de que a hidratação é por demais importante, levei 1,5 litros de água na mochila, o que correspondia a um acréscimo razoável na carga a ser transportada.

E como pretendia sair bem cedo, cumpri a rotina dos dias anteriores.

Qual seja, levantei às 4 h, ingeri um café básico que o porteiro noturno havia preparado e, pontualmente, às 5 h, iniciei minha jornada.

Assim, observando à sinalização do roteiro, segui calmamente em direção à rotatória João Gentil.

Apesar do horário, um bom número de pessoas já se movimentava pelas ruas, possivelmente, “rurais”, que trabalhariam na colheita de laranjas, posto que a safra recém se iniciara.

Na cultura da cana-de-açúcar não seria, pois ela já fora mecanizada na região.

Em seguida, acessei a ciclovia que segue paralela à rodovia SP-253 e na primeira bifurcação, segui à esquerda, pela rua Alexandre de Angelis, por caminho de terra, ainda sob o brilho da iluminação urbana.

Um quilômetro depois, acessei uma estrada municipal, a SRV-030 Hani Moussa Debi, um largo e plano caminho em terra batida, e por ali fui utilizando minha potente lanterna. 

No caminho para Tambaú: mais um dia amanhecendo!

Ao longe, galos já rompiam seu canto peculiar em saudação ao novo dia, enquanto a madrugada ensaiava seus primeiros clarões.

O clima estava fresco, o céu límpido e coalhado de estrelas, o piso bastante firme, de forma que pude caminhar num ritmo constante e sem preocupações.

Nesse trecho, para minha surpresa, 2 peruas escolares me ultrapassaram, apesar da escuridão e frio reinante, certamente, para buscar os alunos que estudam na cidade.

Às 6 h, depois de percorrer 6 quilômetros, passei pelo bairro do Nhumirim sob piso asfáltico, onde encontrei tudo deserto e silencioso.

Este local abrigou antigamente uma importante estação ferroviária, hoje porém, desativada.

No caminho para Tambaú: mais um dia amanhecendo!

O céu lentamente se tornava rubro, de forma que teria mais um dia ensolarado.

No final da rua fleti à esquerda e, em sequência, passei defronte à igrejinha dedicada à Santa Rita, padroeira desse distrito. 

Estrada plana e sem sombras.

Logo findou o calçamento urbano e retornei ao chão de terra, seguindo à esquerda, por larga estrada situada entre imensos canaviais, porém, recém-ceifados.

Curti, sem atropelos, o gostoso frescor da manhã.

O sol estava despontando e deixava tudo mais claro e brilhante.

Bastante areia no piso..

Um perfume delicioso de flores silvestres e resinas brotavam dos troncos intumescidos e inundava seu perfume no ar, misturando-se ao pipilar da passarada no alvoroço do amanhecer.

Predicativos que só quem vivenciou tal deleite pode mensurar o tamanho da felicidade que entusiasma o coração do caminhante nesses indeléveis momentos.

O sol finalmente aparece.

Finalmente, o sol se elevou no horizonte, mais um espetáculo da natureza, um privilégio reservado aos peregrinos madrugadores.

Mais à frente, passei defronte à entrada que segue para a Fazenda Planalto.

Caminho entre um renque de eucaliptos.

E, logo adiante, num grande cruzamento, obedecendo às flechas sinalizadoras, fleti à direita e segui por dentro de um bosque de eucaliptos, na direção da Fazenda Santa Rita.

O sol surge, iluminando a mata adjacente.

Prossegui, depois, por um caminho estreito, ladeado de árvores com copas entrelaçadas, que não permitiam a entrada da luz. 

Trecho belíssimo!

Minutos depois, a claridade se infiltrou pelas ramagens superiores, deixando tudo claro novamente. 

Caminho plano e deserto.

Mais adiante, numa clareira, dobrei à esquerda e passei sob um grande pé de jatobá.

Em descenso..

O percurso continuou por estrada bastante arborizada, até que, às 7 h, depois de 12 quilômetros percorridos, teve início severo descenso, entre duas grandes serras, onde o forte é a criação de gado e, em locais mais acidentados, há plantações de café.

No final da descida, prossegui caminhando num grande planalto, situado em local de muita água, ladeado por imenso matagal. 

Muito verde no entorno.

O ar gostoso, com cheiro de capim gordura, entrava pelas narinas, na manhã fresca, orvalhada e de céu a se abrir claro, prenunciando, como previsto, dia de sol em ardência.

Num arvoredo próximo brincavam chupins e algumas maritacas, em palreado barulhento, bicavam um cacho maduro de um coqueiro alto, fincado num barranco fronteiriço. 

Tudo deserto e silencioso.

Nesse trecho observei, de tempos em tempos, inúmeros bandos de tucanos se deslocando pelo firmamento, assim como centenas de tirivas e maracanãs.

Esse local deve ser um imenso santuário ecológico, tamanha a diversidade de pássaros que vi pelas árvores confluentes ao caminho.

Local fresco e arejado.

Mais adiante, após percorrer 15 quilômetros, passei diante da porteira da belíssima Fazenda Santa Rita, onde notei diversas construções, todas caprichosamente edificadas, tendo uma grande serra à guarnecê-las, pela retaguarda.

A partir desse marco, iniciou-se pronunciado ascenso em direção ao topo do morro, e num cruzamento, as setas amarelas recomendavam seguir à direita, em direção à Fazenda São José.

Subindo em direção à bifurcação de caminhos.

Logo adiante, iniciou-se grande descida.

Enquanto tentava me equilibrar, em vista das pedras soltas no piso, um enorme bando de maritacas deu grandes voltas pelo céu, sempre em grande alarido, mas não tive tempo de fotografá-lo.

Prosseguindo em frente, sempre em forte descenso, acabei por chegar à Estalagem do Sobreira, localizada dentro da Fazenda São José.

Ali aportei depois de percorrer 19 quilômetros.

Estalagem Sobreira, lugar de hospedagem no 19° quilômetro.

O lugar me pareceu extremamente deserto, num silêncio sepulcral, e não vi ninguém pelas imediações.

Tinha vontade de conversar com algum funcionário para saber das condições de pernoite no local, mas não avistei vivalma se movimentando pelo entorno.

Apenas 3 cães ladraram distante, de forma que, bem fornido em água e chocolate, resolvi segui em frente.

Em ziguezague pelo pasto.

Mas, quando por aqui transitara, em abril de 2010, estava com meu estoque de água no final, em face do intenso calor que grassava a região.

À época, depois de muito procurar, acabei por encontrar um funcionário ordenhando vacas num estábulo, que me autorizou utilizar uma torneira, onde pude saciar minha sede à vontade, além de repor o precioso líquido nas garrafas plásticas que levava.

Eu atravessei uma porteira de ferro, depois prossegui descendendo em ziguezague por um pasto, onde passei ao lado de um grande rebanho bovino.

No caminho para Tambaú: entorno verdejante!

Já no plano, ultrapassei um riacho por uma ponte, e segui por uma trilha agreste em direção à Fazenda Madrinha Maria.

Defronte à entrada dessa propriedade virei à esquerda e, mais à frente, enfrentei grande dificuldade para transpor outra porteira, pois a mesma estava fechada com várias voltas de uma corrente.

Assim, cautelosamente, ultrapassei o obstáculo, trespassando meu corpo entre uma cerca de arame farpado.

Segui em frente por um caminho plano, orlado por canaviais e árvores nas laterais.

O piso se encontrava bastante encharcado, e tive alguma dificuldade na locomoção, nesse trecho específico.

Silencioso bosque de eucaliptos.

Mais acima, adentrei em fresco bosque de eucaliptos, por onde segui integralmente solitário.

O pesado silêncio reinante só era quebrado pelo som de uma motosserra que trabalhava ao longe.

Mais acima, eu acessei uma estradinha que vinha do lado direito, passei ao lado de um grande galpão, depois, quando desemboquei numa larga estrada, fleti à esquerda.

Logo passei diante de uma casa, onde seria possível, se o caso, a reposição de água.

Caminhando em meio a um extenso laranjal.

Prossegui beirando uma grande plantação de laranjas, depois segui por outro bosque de eucaliptos.

Na sequência, transitei por outra vistosa plantação de laranjas, antes de me internar num bosque fronteiriço.

Trecho sombreado.

Apesar do roteiro mudar de direção inúmeras vezes nesse tramo e, em determinados locais, em ângulos de até noventa graus, tudo está muito bem sinalizado e em nenhum momento tive dificuldades para encontrar meu rumo.

Finalmente, vencidos 23 quilômetros, acabei por sair em uma estrada vicinal de terra, larga e arborizada, por onde prossegui à esquerda.

Caminho plano e sombreado.

A partir desse marco, com o sol já a pino, passei a caminhar num grande planalto, por um caminho extremamente fresco e sombreado. 

Muita areia solta no piso.

Porém, acresceu uma dificuldade, visto que o piso extremamente arenoso, obstava sobremaneira meus passos.

O areal prossegue..

Nesse pique, atravessei dois grandes bosques e, num grande cruzamento fleti à esquerda, seguindo em direção à fazenda 2D.

Mais adiante, depois de atravessar densa faixa de mata, vi-me em dilatados campos verdejantes, que se perdiam no horizonte. 

Um trecho aberto e sem sombras.

Ligeiras elevações de quando em vez interrompiam a monotonia do ambiente. 

Retornam os eucaliptos...

Depois de passar diante do Sitio Anita, caminhei dentro de um grande bosque de eucaliptos.

Quando este se findou, uma surpresa agradável me aguardava.

Bifurcação, o caminho segue à esquerda.

Do meu lado direito estendia-se um enorme laranjal, com milhares de frutas, no ponto de colheira.

Primeiramente, pedi licença a um senhor que trabalhava coletando os frutos num cesto.

Depois, meu afiado canivete entrou em cena.

Assim, enquanto caminhava, fui descascando e ingerindo o saboroso suco natural. 

Cana e laranja..

Creio que no total foram mais de 20 frutas consumidas, as quais propiciaram-me imediato bem-estar.

Prosseguindo, depois de caminhar 28 quilômetros, encontrei outra grande plantação de laranjas.

Máquinas barulhentas faziam a colheita dos frutos, diante de tanta fartura não pude resistir, e aproveitei para saborear algumas delas, que serviram para abrandar minha sede.

Mais abaixo, quando iniciou uma extensa plantação de feijão, segui em direção à Fazenda da Paz, passando defronte seu portão. 

O trecho mais arenoso dessa etapa.

Prossegui, então, costeando a cerca de suas divisas por uma estrada extremamente arenosa. 

Por sorte, muita sombra nessa etapa.

Foi, de longe, o trecho com mais areia que encontrei em todo o percurso.

Demorei 30 min para conseguir vencer apenas 2 quilômetros, motivado pela dificuldade de locomoção, pois, mais patinava que caminhava. 

Caminho sombreado nesse trecho.

Por sorte, esse trecho era integralmente sombreado.

Em sequência, transitei por outro bosque, este com o piso mais firme.

Trecho belíssimo!

Tudo estava quieto, tranquilo, apenas eu me movimentava pelo fresco e mágico ambiente.

Depois, retornaram os canaviais.

Uma curiosa árvore me aguarda mais adiante.

Primeiramente, pelo lado direito.

Contudo, mais à frente, fui engolfado em meio a outro mar verde de cana, todas em ponto de colheita.

Retornam os canaviais.

Prosseguindo, depois de 32 quilômetros percorridos, enquanto ainda caminhava em meio a um extenso canavial e no topo de uma elevação, pude avistar, ao longe, esparramada num grande vale, minha meta para aquele dia, a cidade de Tambaú.

Ao longe e à direita, a cidade de Tambaú.

Quase de imediato, teve início pronunciado descenso que fui vencendo, primeiro, caminhando junto à um bosque de eucaliptos.

Depois, mais abaixo, ladeado por canaviais.

Enquanto me deslocava, ia observando a paisagem ao redor, plena de muito verde.

Em sequência, numa grande baixada, encontrei uma movimentada estrada municipal e nela, fleti à direita, seguindo em meio a muito poeira, pois o tráfego de caminhões naquele horário era intenso. 

Penúltima curva, quase chegando...

E, no final de uma grande subida, depois de 38 quilômetros percorridos, adentrei em zona urbana, seguindo a partir desse local, por piso asfáltico.

Finalmente, depois de percorrer ainda um bom trecho citadino, sempre por movimentas ruas e sob sol intenso, aportei ao Hotel Tarzan.

Ali, paguei R$70,00 por um confortável apartamento individual.

Após merecido e reconfortador banho, fui almoçar próximo dali, no Bar e Restaurante do Vô Tarzan, onde a comida caseira e a extrema gentileza do proprietário fazem a diferença.

Por R$13,00 pude ingerir uma comida simples, mas extremamente saborosa.

Hotel Tarzã, onde me hospedei nesse dia.

O padre Donizetti Tavares de Lima, nascido na cidade mineira de Cássia no dia 3 de janeiro de 1882, tinha um grande sonho, que era o de construir uma igreja que homenageasse Nossa Senhora Aparecida, sua santa de devoção. Porém não conseguiu realizar esse desejo em vida. Então, depois de sua morte (16 de junho de 1961), uma comissão presidida por Manoel Meirelles Alves deu início às providências para a construção da nova igreja, onde na década de 50 ficava a Capela São José.

A história religiosa da cidade paulista começou com a criação da Paróquia de Tambaú, sob a invocação de Santo Antônio, no dia 14 de maio de 1902. Nessa época tomou posse o primeiro vigário de Tambaú, padre Cassiano Ferreira de Menezes. Depois de sua morte o sucessor foi o padre Napolitano Salvador Sorrentino.

Enquanto a matriz de Santo Antônio era construída os ofícios religiosos eram rezados na Igreja de São José. Transferido para São Joaquim da Barra, padre Sorrentino foi substituído pelo padre italiano Francisco Curti. Padre José Fernandes Pimenta assumiu a função do padre Francisco, seguido pelo padre Manoel Pinto Vilela, que viajou para Portugal, dando lugar ao padre Colombo, das Sete Capelas de Ribeirão Preto. Padre Manoel voltou a Tambaú e foi transferido para a Paróquia de Vargem Grande do Sul. De seu lado, o padre de Vargem Grande, Donizetti, foi transferido para Tambaú. 

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

Ao assumir a paróquia, padre Donizetti encomendou a réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida para colocar na Igreja Matriz de Santo Antônio. Em 1929, um incêndio provocado por um curto circuito destruiu completamente a igreja. Das 23 imagens que havia no local restou intacta apenas a imagem da padroeira do Brasil, retirada do incêndio pelo padre Donizetti. Diante do fato o padre prometeu construir um santuário para a Virgem Santíssima. Seu desejo, porém, só foi concretizado após sua morte, aos 79 anos.

Interior da igreja matriz.

O lançamento da pedra fundamental do Santuário Nossa Senhora Aparecida ocorreu no dia 1º de novembro de 1961. O término foi no ano de 1966. O Santuário foi inaugurado quando era vigário o padre Luiz Girotti. Porém, não houve uma inauguração formal porque foi aberto para visitação antes da finalização das obras. Em outubro de 1966, o Santuário serviu para solenidades religiosas da Missão Redentora. O Santuário onde estão os restos mortais do Servo de Deus Padre Donizetti Tavares de Lima faz parte da Diocese de São João da Boa Vista.

Na década de 50, Tambaú, em São Paulo, foi cenário de um fenômeno sócio religioso que impactou diretamente todo o município: o padre Donizetti Tavares de Lima. Há informações de que o padre ficou conhecido quando curou as pernas cheias de feridas de um vendedor ambulante de vinho. O homem contou o milagre que o padre realizou para os comerciantes das cidades vizinhas, e em poucos dias os romeiros começavam a chegar a Tambaú para receber as bênçãos. A partir de então os milagres que realizava extrapolaram os limites do pequeno município da região de Ribeirão Preto. Aproximadamente 40 mil visitantes chegavam todos os dias à cidade da fé.

Igreja matriz de Tambaú.

Em 1954, Tambaú contava com 16 mil habitantes, 4.500 na cidade e 11.500 na zona rural. A quantidade avassaladora de pessoas em busca das curas, através da intercessão do padre Donizetti, comovia o País e se propagava por nações das Américas, Europa e Ásia. Ele recebia cartas da Espanha, de Portugal, da Ilha da Madeira, do Uruguai, dos Estados Unidos, da Itália, da Iugoslávia, de Porto Rico, dentre outros.

A multidão vinda de todas as regiões do Brasil e do mundo, entre homens, mulheres, crianças, idosos, aleijados transportados em macas ou se arrastando, subia até a Praça dos Milagres formando um rio humano. Em cada um a esperança em busca de graças renascia com a presença do religioso.

O milagroso Padre Donizetti.

Uma pacata cidade até então transformava-se em um grande centro de agitação promovido pela fé. Nas primeiras horas do dia inúmeros veículos que traziam os fiéis se juntavam à frente da Casa Paroquial e ficavam à espera de miraculosa bênção.

Donizetti rezava como de costume a Santa Missa das 7 h, no altar montado na porta principal da Capela de São José, e dava bênçãos públicas, ponto alto das atividades religiosas, às 9 h e 20 h. Quando a quantidade de pessoas era muito grande também dava às 12 h. No começo, da janela de sua casa. Posteriormente, com o aumento do número de devotos, passava para um pequeno palanque improvisado junto à porta de sua casa.

A cidade de Tambaú continua recebendo visitas dos devotos do padre Donizetti que vão à Casa dos Milagres onde ele morou, o Santuário Nossa Senhora Aparecida e o jazigo onde ele está enterrado.

Fonte: http://www.padredonizettitambau.com/

Pausa para descanso.

À tarde, aproveitei para descansar e, quando o sol deu uma trégua, fui até Secretaria de Turismo do Município carimbar minha credencial peregrina.

Na volta, fiz demorada visita à igreja matriz, cuja padroeira é Nossa Senhora Aparecida.

No interior da Casa dos Milagres.

Depois, para não perder a ocasião, fui rever a Casa dos Milagres, instalada na residência onde viveu por muitos anos o Padre Donizetti.

Estão guardados ali aparelhos ortopédicos, óculos, muletas e objetos de graças alcançadas, por devotos e, ainda, os bens e móveis que lhe pertenceram, além da biblioteca particular do Servo de Deus. 

Nas fotos ali expostas também é possível ver romeiros visitando o Santuário, e o grande milagre que ocorreu na época em que ele ainda era vivo. 

IMPRESSÃO PESSOAL – Uma das etapas mais difíceis de todas que já trilhei, mormente pela distância a ser suplantada nesse roteiro. Outro grande entrave a ser superado são os intermeios arenosos, que nessa jornada ocorrem à profusão. No global, um roteiro bastante deserto e silencioso, ladeado de belas paisagens, além de ter muita sombra. Entendo, ainda, esse trajeto desaconselhável para ciclistas, pois devem seguir pela rodovia, por conta dos areais, que pode danificar suas “bikes”.