A VIAGEM

A VIAGEM

               “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia, e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” (Fernando Pessoa)

            Para concretizar meu objetivo, tomei um ônibus da Viação Transul em São Paulo que, após 3 h de viagem, me deixou na cidade de Estiva, a famosa “Terra do Morango”, onde me hospedei na Pousada do Poka.

            O local, já meu velho conhecido desde 2.005, quando ali pernoitei num dia outonal, estava bastante movimentado.

            Posto que, albergava naquela data, além de mim, outros 10 peregrinos pertencentes a uma caravana procedente de Descalvado/SP, bem como duas senhoras vindas de Ouro Fino.

            O pessoal descalvadense estava bastante estafado, visto que haviam saído de manhã da cidade de Borda da Mata e tinham caminhado 39 quilômetros, debaixo de sol candente e opressivo calor.

           Em face do “horário de verão”, em que a luz solar ainda brilha intensa, apesar do horário adiantado, pude dar um giro pela simpática cidadezinha e aproveitei a ocasião para visitar a igreja matriz, construída em estilo moderno e inovador.

            Ainda pude comprar mantimentos que utilizaria na jornada inaugural e, à noite, ingeri apenas um singelo lanche feito na padaria localizada no andar térreo do prédio onde eu estava hospedado.

            E já prelibando a aventura, fui dormir cedo, pois o clima havia se modificado, e fazia muito frio.