1º dia: CAMBORIÚ/SC ao RANCHO DO JOEL (TIJUCAS/SC) – 21 quilômetros

O Senhor não deixará nunca de nos ajudar.” (Santa Paulina)


A etapa desse dia era uma incógnita para mim, pois não conseguira encontrar na internet nenhum relato sobre esse roteiro feito por algum peregrino/caminhante.

A previsão era de chuva, assim, levantei-me cedo e, exatamente, às 5 h, postado diante da Casa Paroquial, local onde Santa Paulina pernoitou em 1899, início desse Caminho, persignei-me, pedi proteção a Deus e dei início à minha jornada.

O trajeto inicial, integralmente urbano e plano, segue reto pela rua José Francisco Bernardes, a perder de vista.

Cinco quilômetros percorridos em bom ritmo, numa bifurcação, avistei a primeira placa sinalizadora desse Caminho e prossegui à esquerda, pela estrada dos Macacos.

Quinhentos metros à frente, finalmente, passei a caminhar sobre terra, transitando por locais de expressiva beleza.

Com o dia amanhecendo, prossegui ladeado por imensos arrozais, outra vez, a tônica nessa região.

Sem maiores dificuldades e sob uma garoa fina, percorridos 12 quilômetros, eu transitei pelo bairro dos Macacos, onde passei diante de uma bela igreja, cuja padroeira é Nossa Senhora da Conceição.

Ali fiz uma pausa para vestir minha capa protetora, pois a garoa aumentara de intensidade.

Então, na sequência, iniciou-se severo ascenso, que fui vencendo com pertinácia e, após atingir seu cume, passei a descender com violência pelo lado oposto, ainda ladeado por paisagens de rara formosura.

Percorridos, exatamente, 16 quilômetros, numa bifurcação e observando, atentamente, à sinalização, prossegui à esquerda e logo passei diante de uma bonita igrejinha, localizada num bairro periférico, situado já no município de Tijucas.

Na sequência, enfrentei 2 duros ascensos e, em consequência, dois íngremes descensos, que venci com extremo cuidado, porque o piso barrento se encontrava molhado e liso.

Já no plano, encontrei outra bifurcação: o caminho segue à direita, mas eu prossegui por 500 m à esquerda, até chegar ao Rancho do Joel, tradicional local de parada de todos que percorrem este trajeto.

No local, passei alguns momentos conversando com o simpático pessoal que ali trabalha e reside, inclusive, o proprietário do local, enquanto aguardava pelo aporte do táxi que viria me buscar.

Quando este chegou, me despedi de todos, adentrei ao veículo e, trinta minutos mais tarde, retornava ao meu local de pernoite nesse dia, localizado na cidade de Camboriú.

Algumas fotos dessa etapa:

A primeira placa sinalizadora que avistei nesse dia, localizada na bifurcação, onde segui à esquerda, pela estrada dos Macacos.

Dia amanhecendo... caminho integralmente plano.

Arrozais, a tônica na região.

Ainda os imensos arrozais...

Dia nublado, tempo fechando...

Igreja de Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro dos Macacos.

Caminho belíssimo...

Paisagens surreais...

Caminhando debaixo de garoa..

Igrejinha localizada à beira do Caminho.

Em forte descenso, em meio a mata nativa.

Outro descenso. Junto à construção abaixo, o Caminho segue à direita e o Rancho do Joel está à esquerda.

Chegando ao Rancho do Joel, onde fui muito bem atendido.

Rancho do Joel, famoso local e muito frequentado na região.

RESUMO DO DIA - Clima: Chuvoso no início, depois, nublado, variando a temperatura entre 13 e 19 graus.

Pernoite: Arco do Sol Park Hotel - Apartamento individual: Ótimo! Preço: R $ 90,00

Almoço: Restaurante Brasa Grill - Ótimo! Preço: Por R $ 25,00 pode-se comer à vontade no sistema de autoatendimento.

AVALIAÇÃO PESSOAL - Uma jornada de pequena extensão, com três entraves altimétricos no trajeto, porém, nada de grande monta. Há de se destacar a beleza do percurso, pois se caminha entre grandes pastagens e arrozais, tendo como pano de fundo grandes morros a nos cercar, todos cobertos pela exuberante vegetação nativa. No global, um trajeto fresco e agradável, coroado pelo aporte ao Rancho do Joel, um local mágico, que também oferece hospedagem aos peregrinos, coisa que eu desconhecia.