Preâmbulo
O CAMINHO DA FÉ, A PÉ, EM 12 ETAPAS
Com o intuito de remir sonho antigo, qual seja, aportar à Aparecida do Norte pelas minhas próprias pernas, preparei-me física e espiritualmente para trilhar o Caminho da Fé no corrente ano.
Projeto esse, idealizado e amadurecido em fins de 2.004. E, sob as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida, encerrado, a bom termo, em 28 de abril de 2.005.
Imperioso salientar, que embora tenha trilhado algumas etapas acompanhado de diferentes peregrinos, e outras em total solidão, este depoimento traduz unicamente minha visão sob uma ótica própria e estrita, expressando um sentimento pessoal de tudo que vivi e observei durante os dias de minha peregrinação.
PREÂMBULO
A decisão de fazer o Caminho da Fé nasceu espontaneamente, logo após meu retorno do Caminho de Santiago, em junho do ano passado.
Assim, durante o segundo semestre de 2.004 aprofundei-me em leituras sobre a rota, suas histórias, tradições, misticismos, relatos peregrinos, etc.
Para me adequar, fiz longas caminhadas e, também, entrevistei pessoas que fizeram essa peregrinação anteriormente, como forma de complementar meus conhecimentos e aplacar minhas dúvidas.
Finalmente, após meses de expectativa e preparação, embarquei num ônibus com destino à Tambaú, a fim de iniciar minha peregrinação.
A chegada ao marco zero do Caminho da Fé aconteceu numa sexta-feira, por volta das 16 h.
Após deixar a rodoviária local, segui em direção ao centro da urbe e hospedei-me no Hotel Tarzan, onde havia feito reserva.
Depois, dirigi-me ao quiosque turístico erigido num calçadão ao lado da praça central.
Ali preenchi a ficha de inscrição, paguei uma taxa de R$ 5,00, e recebi minha credencial de peregrino.
Aproveitei, também, para adquirir um cajado de bambu, pelo simbólico preço de R$ 2,00.
Em seguida, visitei a Casa dos Milagres, antiga residência do Padre Donizetti Tavares de Lima, o jazigo onde ele foi sepultado, e o belíssimo Santuário de Nossa Senhora de Aparecida.
Dos campos de caça dos tupi-guaranis, cortada pelo rio das Conchas, teve origem Tambaú, fundada em 27 de março de 1886, e através de braços imigrantes, tornou-se a cidade das chaminés fumegantes.
É, também, conhecida como “A Capital da Cerâmica”, em razão da quantidade expressiva de indústrias dedicadas a esse ramo instalada no local.
Atualmente com 23.500 habitantes, é lembrada no Brasil como a “Terra do Padre Donizetti”, que, embora tenha nascido em Minas Gerais, chegou à cidade em 1926 e ali permaneceu até a morte, em 16/06/1961.