5º dia – ITABIRITO a ENGENHEIRO CORREIA – 25 quilômetros

5º dia – ITABIRITO a ENGENHEIRO CORREIA – 25 quilômetros

O nome do tempo atual em que vivemos faz jus ao seu valor em todos os sentidos. PRESENTE!

A jornada seria de média extensão, então, preferi sair um pouco mais tarde e parti às 5 h 30 min, depois de ingerir um copo de espesso café cheiroso, posto que o hotel funciona 24 horas, ininterruptamente, e o desjejum é servido durante toda a madrugada.

1ª parte: Itabirito a São Gonçalo do Bação: 16 quilômetros, em 4 h.

A saída da cidade de Itabirito se dá pela continuação da rodovia MG-030, que se encontra asfaltada até o 8º quilômetro.

A partir daí prossegui sobre terra, contudo, nesse trecho derradeiro, por obra divina, não encontrei nenhum veículo motorizado.

Para variar, a estrada se encontrava sob intensa camada de pó, porém, como era um domingo, o trânsito veicular se mostrou estéril.

Nesse trajeto enfrentei apenas 2 protuberantes ascensos, o primeiro, na metade da jornada, e o derradeiro, no aporte a São Gonçalo.

Na verdade, o roteiro do CRER não adentra a esse pequeno distrito de Itabirito, porquanto, logo ao atingir seu perímetro urbano, o traçado do caminho segue à esquerda e se afasta da povoação.

Assim, pude fotografar a igreja matriz desse minúsculo enclave, apenas, a distância.

Localizado a 16 quilômetros de sua sede, São Gonçalo do Bação está situado no alto de uma colina, a 1100 m de altitude, tendo ao norte o Pico de Itabirito, a leste a Serra de Capanema e ao sudeste Pico do Itacolomi.

O arraial surgiu no século XVIII, durante o Ciclo do Ouro, e posteriormente passou a ser roteiro de tropeiros que viajavam de Vila Rica para outros lugarejos.

O distrito eterniza e preserva sua história, cultura e tradições por meio de encenações do Grupo de Teatro de São Gonçalo do Bação.

Além das cachoeiras, bicas, casarios, a Igreja Matriz e a capela do Rosário compõem a bela paisagem do lugar.

No local existe somente um restaurante, duas pousadas, mercearia e alguns bares.

Algumas fotos do percurso desse dia:

O primeiro marco do CRER que fotografei nesse dia.

Estrada asfaltada, com um pouco de sombra, mas sem acostamento.

Início da estrada de terra. Meus pés agradeceram!

Caminho ermo e silencioso.

Muita mata nativa no entorno.

A igreja matriz de São Gonçalo, a distância.

Marco do CRER em São GonçaloMG.

2ª parte: São Gonçalo do Bação a Engenheiro Correia: 9 quilômetros, em 2 h.

O trajeto foi todo feito por estrada de terra, sendo que há um grande descenso até a metade da jornada.

Após a transposição do Ribeirão Mata-Porcos, por uma ponte, caminhei um bom tempo dentro de mata nativa.

Quase no final da jornada, enfrentei dois fortes ascensos, mas ambos de pequena extensão.

A chegada ao distrito de Engenheiro Correia se dá por uma estrada vicinal, com calçamento em “pé de moleque”, que machuca demais os pés do peregrino.

Algumas fotos do percurso desse dia:

Restam pouco mais de 7 quilômetros para a chegada.

No início, descenso pronunciado..

Trecho sombreado e entre mata nativa.

Trecho agradabilíssimo.

Forte descenso, sob sol ardente.

Flores para alegrar o ambiente..

Quase chegando... derradeiro quilômetro. Sol forte!

Um pé de ipê me saúda na entrada do pequeno distrito.

Local onde me hospedei nesse dia: Bar e Pousada do Tonho. Recomendo!

Localizado a 35 quilômetros de sua sede, Ouro Preto, e contando com uma população estimada em 400 pessoas, o povoado de Engenheiro Correia desenvolveu-se com a chegada da ferrovia, no fim do império.

Surgiu com a estação férrea do Sardinha, inaugurada em 1896. 

Igrejinha de Engenheiro Correia.

O nome homenageia a Manoel Francisco Corrêa Jr., engenheiro residente da ferrovia, morto em 1911, num acidente ferroviário ocorrido no km 514, sendo a estação rebatizada como estação Engenheiro Corrêa, que também empresta o nome para o lugar que cresceu em volta.

O distrito sofreu um grande impacto com a desativação da via-férrea, obrigando seus moradores a saírem em busca de trabalho e, consequentemente, residir em localidades próximas.

Abaixo, a velha estação da estrada de ferro, hoje em ruínas.

Suas casas e estabelecimentos comerciais caracterizam-se por construções térreas, implantadas ao longo da via urbana e sem afastamento frontal.

Já as mais antigas, assumem características da arquitetura colonial e eclética, sem muitos ornamentos, demonstrando a simplicidade de seus proprietários.

Fonte: Web

O Tonho, gente finíssima e boa demais!!

RESUMO DO DIA:

Tempo gasto, computado desde o Dallas Hotel, em Itabirito/MG, até a Pousada do Tonho, localizada no distrito de Engenheiro Correia/MG: Aproximadamente, 6 h.

Pernoite na Pousada do Tonho - Apartamento individual bom.

Almoço no restaurante do Tonho - Espetacular! – Preço: R$15,00, no sistema self-service; pode-se comer à vontade.

IMPRESSÃO PESSOAL: Uma etapa de média extensão, que não apresenta maiores dificuldades altimétricas. O trajeto inicial, feito sobre piso asfáltico, é um tanto monótono, contudo, o restante do roteiro até Bação se tornou bem interessante pelas belas paisagens ofertadas ao viajante. Já o percurso derradeiro foi realizado em estradas sombreadas por mata nativa, onde as fazendas de criação de gado são uma constante. No global, uma jornada agradável, fácil e de expressiva beleza. A se lamentar, novamente, a poeira existente no leito da estrada, bem como o sol forte e a baixa umidade atmosférica. No entanto, o calor da recepção que o Tonho proporciona ao caminhante em Engenheiro Correia, compensa, e muito, qualquer obstáculo defrontado no percurso.